A ideia de ter dados de saúde partilhados e acessíveis em todos os países da União Europeia começa a ganhar forma com a entrada em cena do projecto i2X – Implementação “Inteligente” do Formato Europeu de Intercâmbio de Registos Eletrónicos de Saúde (EEHRxF).
Esta iniciativa conta com a liderança da startup portuguesa UpHill, junta «38 parceiros de doze estados-membros da UE e surge como um «passo inédito para a concretização do Espaço Europeu de Dados em Saúde», diz a empresa.
Os próximos meses vão ficar marcados pelo início de projectos-piloto nas chamadas «áreas prioritárias», que servirão como “pilares”: «Prescrição electrónica, dados de análises e exames, sumários do doente, imagens médicas e relatórios de alta». Sobre as tecnologias usadas no i2X, a UpHill destaca a «inteligência artificial».
Quando o sistema estiver operacional, as várias instituições de saúde dos estados-membros vão ser capazes de «armazenar, trocar e interpretar os dados de saúde, utilizando uma linguagem comum» – a UpHill diz que o objectivo é «melhorar em até 80% a disponibilidade de dados de saúde estruturados e de alta qualidade» e em «75% o acesso dos pacientes aos seus dados de saúde».
Em paralelo, o i2X quer ainda fazer com que «diminuam os custos e ineficiência associados à duplicação de actos médicos ou exames», assim como «reduzir os riscos decorrentes da falta de informação clínica».
A nível europeu, está prevista a participação de «pelo menos 1200 profissionais de saúde» e um impacto directo em «mais de três milhões de cidadãos». Em Portugal, o i2X vai ser implementado em dois organismos, nesta fase de projectos-piloto: a Unidade Local de Saúde de Coimbra e o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira.
«O extenso ecossistema i2X apoiará a continuidade de cuidados em toda a UE, permitindo a criação de centros de referência especializados, optimizando os tempos de espera e minimizando a duplicação de serviços», conclui Eduardo Freire Rodrigues, co-fundador e CEO da UpHill.