Na véspera do arranque da edição de 2025 do Mobile World Congress, a Honor reuniu os jornalistas apresentar todos os detalhes do seu já conhecido Plano Alpha. Nas últimas semanas, a marca fez vários teasers sobre esta nova estratégia de IA e, hoje, confirmou as principais linhas de acção.
O CEO, James Li, revelou que o Alpha é o plano que vai dominar a actividade da Honor nos «próximos cinco anos», cujo grande objectivo é transformar a marca: «De um fabricante de smartphones, queremos passar a ser para líder global no ecossistema de dispositivos de inteligência artificial».
Para isso, a Honor tem dez milhões de dólares (cerca de 9,6 mil milhões de euros) para investir. O primeiro passo já está definido: desenvolver um novo «telemóvel inteligente [foto em baixo] que revolucionará a interacção entre pessoas e dispositivos» e que servirá de ponte entre o novo ecossistema da marca e os utilizadores.
Mas a marca não se vai ficar por aqui, em termos de dispositivos: a Honor quer aplicar a mesma “receita” a «PC, tablets, wearables e muito mais», garantiu James Li.
Outro ponto importante do Plano Alpha é fazer com que os smartphones de outras marcas se consigam ligar entre todos: «A indústria deve viver num ambiente verdadeiramente aberto e conectado, promovendo uma colaboração fluida entre diferentes sistemas operativos e criando um ecossistema de dispositivos baseados em IA».
Em Barcelona, Google, Qualcomm, Orange, Telefónica, CKH Group e Vodafone estiveram ao lado da Honor e são os primeiros grandes parceiros da marca chinesa nesta nova fase ‘alfa’. O ecossistema de IA foi, metaforicamente, representada sob forma de uma árvore iluminada (foto em baixo) – é uma espécie de nova versão da ‘luz ao fundo do túnel’, na perseguição de uma realidade em que todas as marcas estão interligadas.
Aliás, esta ideia era uma das que a marca promoveu na semana passada, ao partilhar no X duas imagens onde mostrou uma pulseira com as iniciais ‘BFF’ numa maçã e num smartphone da Samsung. Hoje, a Honor oficializou esta possibilidade e apresentou a «primeira tecnologia de partilha de ficheiros em todo o ecossistema».
Contudo, a Oppo já tinha anunciado uma funcionalidade semelhante com a sua nova série de smartphones Reno13, com o recurso O+ Connect, compatível com os OnePlus e os iPhone. James Li sublinhou que a transferência de ficheiros entre os modelos Honor e outros Android/iOS será feita com «velocidades ultrarrápidas».
Ainda nas novidades de software relacionadas com IA, James Li também confirmou a chegada «em breve» da detecção deepfakes aos seus smartphones, a AImage (um conjunto de melhorias para fotografias onde está a AI Upscale, que «restaura retratos antigos»).
Finalmente, a Honor anunciou «sete anos de actualizações de segurança e do sistema operativo Android» para os smartphones Magic: o primeiro a tirar partido desta estratégia será o Magic7 Pro, com a promessa de ser «alargada a mais modelos».