A Universidade de Aveiro anunciou que a protecção por patente da sua tecnologia de segurança informática CUCo (Central Unit Control) foi alargada a mais países da Europa e à Argentina, Brasil, Canadá e Estados Unidos.
Segundo a UA, estes mercados são «estratégicos» e fazem parte de uma «expansão que visa garantir os direitos de propriedade industrial e facilitar a comercialização global» do CUCo. Esta tecnologia, desenvolvida em parceria com a empresa nacional Softi9, tem como principal objectivo «proteger os dispositivos contra roubos e violações contratuais».
O CUCo foi criado em 2016 por André Zúquete e Miguel Rocha, do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da UA e, além de «previnir o uso indevido» de computadores, também funciona como um «forte elemento dissuasor contra roubos e incumprimentos contratuais, protegendo tanto os legítimos proprietários como as empresas que transaccionam equipamentos».
Este sistema já está, inclusive, «implementado em computadores e tablets dos diversos agrupamentos escolares em Portugal» e, em caso de falhas de segurança ou «situações de inconformidade», permite, assim, fazer o «bloqueio remoto» dos dispositivos.
«O CUCo destaca-se pela sua capacidade de incapacitar funcionalmente computadores» e, ao «contrário de outras tecnologias» opera de forma independente do sistema operativo, uma vez que «opera ao nível do firmware». A tecnologia dispensa, ainda, ligação à Internet «para validar condições contratuais, tornando-se imune a tentativas de desinstalação ou reinstalação».
A oferta do CUCo é feita sob forma de uma suite de protecção que assenta em três pilares: ‘Remote Lock’ (uma ferramenta de bloqueio remoto), ‘Secure Endpoint’ (um serviço de gestão centralizado seguro com geolocalização e opções de análise e gestão remota – RMM – e gestão de dispositivos móveis – MDM) e ‘Remote BIOS Managment’ (gestão remota da BIOS a partir de uma interface «user-friendly»).