O que acontece aos painéis solares depois de terminarem o seu ciclo de vida ou tiverem uma avaria que não pode ser ultrapassada? Há um novo projecto europeu, o APOLLO, que quer garantir que o caminho certo é o da reciclagem.
No grupo de dezoito empresas e instituições que fazem parte do APOLLO está o Instituto Pedro Nunes (IPN), que vai ajudar a desenvolver método para «optimizar reciclagem de vidro em painéis fotovoltaicos». O objectivo é óbvio: «Contribuir para um futuro mais sustentável e alinhado com os princípios da economia circular».
Esta iniciativa, é financiada pela União Europeia com um investimento «superior a 5,3 milhões de euros», terá como base uma «linha-piloto de reciclagem» capaz de processar «quarenta toneladas» de resíduos fotovoltaicos, o que irá gerar «uma tonelada de silício remanufaturado e trinta novos módulos solares», garante o IPN.
O IPN acredita ainda que o APOLLO tem um potencial que se traduz no aumento de «mais de 300% do valor económico recuperado nos processos de reciclagem». Em concreto, a missão da instituição nacional passa por «avaliar e rastrear os vários tipos de painéis fotovoltaicos que se encontram em fim de vida, antes de entrarem na linha da reciclagem».
Durante esta análise, os investigadores do IPN vão focar-se em «maximizar a recuperação de materiais valiosos», com a prata e o silício à cabeça. Todas as informações sobre este projecto podem ser lidas na página oficial do APOLLO.
Há sensivelmente dois anos, ficou conhecido um projecto da Universidade de Coimbra que também tinha como objectivo a reciclagem de painéis fotovoltaicos. Neste caso, estava em casa a investigação de um «bioprocesso» com base em bactérias que «acumulam o telúrio» presente nestes resíduos, obtidos a partir de «painéis de filme fino cádmio/telúrio» em fim de vida.