Não é que a concorrência seja muita – por cá, a Honor compete apenas com a Samsung no segmento dos dobráveis topo de gama com o formato de livro – mas o Magic V3 acaba mesmo por ser a melhor opção. A preferência começa logo pelo preço, menos duzentos euros que o rival coreano, com o desempenho a ser semelhante: tiveram o mesmo resultado na nota final dos benchmarks, com uma autonomia idêntica, de dezanove horas, um valor muito bom para este formato. No geral, o Magic V3 destaca-se, principalmente no design: quando está fechado, tem a mesma espessura que muitos smartphones, como por exemplo um iPhone.
Ecrãs melhorados
O salto geracional do V2 para o V3 trouxe mais uns pozinhos no que respeita aos ecrãs, embora a base seja, no geral, a mesma: Assim, continuamos a ter um display principal de 7,92 polegadas com a mesma resolução, tecnologias e densidade que o do modelo anterior; no ecrã exterior de 6,43 polegadas, isto é igualmente verdade. Para justificar a evolução, o principal passa de OLED para AMOLED e ambos ficam com mais brilho que os seus antecessores – no V3, temos 1800 nits do ecrã dobrável, quando no V2 eram 1600. No display que temos do lado de fora, há uma mudança maior e que se vai notar rapidamente: de 2500, o brilho passa para o dobro e chega aos 5000 nits. Isto faz mesmo a diferença quando usamos o V3 à luz do dia e é um bom upgrade.
Fotografias de topo, mas…
O que as marcas não deixam de mudar quando há um salto de geração são as câmaras. Aqui, a Honor não brincou e fez uma mudança dupla: além do design do módulo traseiro, há um incremento de qualidade. No primeiro aspecto, temos, agora, um arranjo octogonal centrado no topo que lhe dá um ar mais distinto que o do primeiro modelo, em que as câmaras tinham um estilo semáforo, muito à lá Samsung, encostadas à esquerda. Relativamente ao segundo, a teleobjectiva passa a ter um formato periscópio (o zoom total é de 100x, mas é algo que não recomendamos usar) e “cresce” dos 20 para os 50 MP. Mas, enquanto a câmara principal, grande angular, melhorou na abertura (f1.9 para 1.6), a ultra-grande angular passou de 50 para 40 MP e ficou a perder na abertura (f2.0 para 2.2).
Em termos práticos, as fotografias saem um pouco melhor que no V2, mas as diferenças não são muitas, principalmente para quem usar o smartphone de forma tradicional, para publicar nas redes sociais. Isto não significa que as fotos não tenham boa qualidade, pelo contrário, mas a imagem está a chegar a um ponto de saturação em que os avanços começam a não ter muito para onde ir.
Distribuidor: Honor
Preço: €1999
Benchmarks
- AnTuTu: 1 589 991
- 3D Mark Wild Life: 18 897
- GeekBench 6 Single CPU: 1360
- GeekBench 6 Multi CPU: 4886
- GeekBench 6 OpenCL: 13 044
- PCMark 3.0 Work: 16 265
- PCMark 3.0 Battery: 1140 minutos
Ficha Técnica
Processador: Snapdragon 8 Gen 3 (4 nm)
Memória: 12 GB
Armazenamento: 512 GB
Câmaras: 140 MP (traseira), 20 MP (ecrã exterior), 20 MP (ecrã dobrável)
Ecrã: 7,92” AMOLED LTPO, 120 Hz (2156 x 2344), 402 ppi + 6,43” OLED LTPO, 120 Hz (1060 x 2376), 402 ppi
Bateria: 5150 mAh
Dimensões: 156,6 x 145,3 x 4,4 mm / 156,6 x 74 x 9,3 mm
Peso: 226 gr