Até agora, a série T, lançada na segunda metade do ano, era ligeiramente inferior aos modelos de topo anunciados no início do ano e tinha um preço mais acessível. Com a gama 14T, a marca parece ter mudado de estratégia e mostra o que tem de melhor, mantendo um preço muito competitivo. Com boa qualidade de construção, robustez e um bump de câmaras quadrado, o Xiaomi 14T Pro tem um aspecto premium e um ecrã de 6,67 polegadas CrystalRes AMOLED, de excelente qualidade para qualquer uso com imagem nítida, fluída e cores vibrantes. No áudio, este smartphone também marca pontos já que o som, como deve acontecer com os flagships, é muitíssimo bom com graves, médios e agudos bem definidos.
Nas câmaras, a Xiaomi continua a sua parceria bem-sucedida com a Leica e tem no 14T Pro um setup em que a câmara principal é constituída pelo sensor LightFusion 900 de 50 MP (igual ao do Xiaomi 14), uma teleobjectiva com maior alcance do que o 13 T Pro e um sensor ultra-wide igual ao antecessor. Este equipamento tira excelentes fotografias, com muito detalhe, nitidez e cores vivas e à noite, as lentes Summilux, que permitem maior entrada de luz, fazem a diferença e captam imagens de grande qualidade. O novo modo Leica Portrait é uma boa adição ao Xiaomi 14T Pro: os retratos têm bastante autenticidade. Já em termos de selfies, e como vem sendo habitual nestes modelos, são decentes, mas não deslumbram. O vídeo é outras das áreas em que este Xiaomi “dá cartas”, com uma excelente imagem e estabilização e diversos modos entre os quais o MasterCinema, que grava vídeos em HDR de 10 bits
Muita inteligência artificial
No desempenho, o 14T Pro teve valores dentro do expectável nos benchmarks e foi o segundo melhor de sempre no AnTuTu (em smartphones acima dos oitocentos euros) o que demonstra que, globalmente, é um bom smartphone. O MediaTek Dimension 9300+ mostra-se muito competente e os 12 GB de memória fazem com que o comportamento do dispositivo seja irrepreensível na sua utilização diária. Espaço também não será um problema: temos 1 TB (versão testada) de armazenamento.
A autonomia é boa, mas, no teste do PC Mark este Xiaomi ficou aquém de outros topos de gama, apesar de conseguir um lugar superior ao do Xiaomi 14 Ultra. No entanto, durou mais de um dia e o facto de ter carregamento rápido de 120 W (e 50 W, sem fios) permite chegar aos 100% rapidamente. O único problema é a moda de não incluir carregador, que já chegou à marca chinesa.
Já ao nível do software, o HyperOS (Android 14) vem com apps desnecessárias (bloatware) mas em compensação muitas opções de IA. Desde o Circle to Search, que antes estava apenas disponível nos equipamentos Google e Samsung, às aplicações da Xiaomi, todas funcionam bem e permitem apagar objectos/pessoas de fotografias, tirar notas e fazer resumos, transcrições e traduções.
Distribuidor: Xiaomi
Preço: 999,99 €
Benchmarks
- AnTuTu: 2 059 083
- 3D Mark Wild Life: 16 673
- GeekBench 6 Single CPU: 2164
- GeekBench 6 Multi CPU: 7186
- GeekBench 6 OpenCL: 13 767
- PCMark 3.0 Work: 15 606
- PCMark 3.0 Battery: 872 minutos
Ficha Técnica
Processador: MediaTek Dimension 9300+
Memória: 12 GB
Armazenamento: 1 TB
Câmara: 112 MP (traseira); 32 MP (dianteira)
Ecrãs: 6,67″ 1,5K CrystalRes AMOLED (2712 x 1220), 144 Hz, 446 ppi
Bateria: 5000 mAh
Dimensões: 160,4 x 75,1 x 8,39 mm
Peso: 209 g