Antes de falar do que é costume nestas análises de hardware, queremos dizer que uma das coisas de que mais gostámos neste portátil foi a fonte de alimentação: fez-nos lembrar o design de um transformador de um smartphone Sony Ericsson do princípio dos anos 2000. Resumindo, é pequenino, transportável e leve, ou seja, aquilo que todos os carregadores para laptops deviam ser.
O bem-dito chip Intel com IA
A Intel conseguiu o feito de ter sido a primeira fabricante de CPU para PC a lançar um processador com NPU no final do ano passado e, ao mesmo tempo, ser a última a chegar ao mercado dos PC Copilot+. Em parte, isto não foi culpa da Intel, mas aparentemente da Microsoft: a empresa “mudou a baliza de sítio” quando publicou os requisitos mínimos para que um PC pudesse ser considerado Copilot+, que obrigavam a NPU a ultrapassar os 40 TOPS, algo que o chip original de Intel era incapaz de atingir. Por isso, foi necessário voltar ao projecto para fazer um upgrade. Como estas coisas levam tempo, principalmente num colosso como a Intel, só agora é que foram lançados os Copilot+ com chips Intel, como Zenbook S14.
O Zenbook S 14 tem o mesmo preço do S16?
Na prática, o Zenbook S 14 é uma versão encolhida do S 16: os materiais usados na construção são os mesmos, o teclado também e o ecrã OLED também é semelhante (exceptuando o tamanho), até na resolução e taxa de actualização. Neste último campo, a única diferença é que o ecrã do S 14 é sensível ao toque e o do S 16, não. Mas, se não se importar de esperar, em breve vai ser disponibilizada uma versão sem ecrã táctil com um preço um pouco mais baixo que esta.
Curiosamente, o preço dos dois PC também é igual: como é que uma máquina com ecrã de dezasseis polegadas tem um preço igual ao de uma com ecrã de catorze? Tudo se resume ao valor do processador: como o Intel inclui a RAM no chip e o AMD usa configuração tradicional com a RAM montada em separado, a Intel leva um pouco mais de dinheiro à Asus por cada chip, o que acaba por permitir incluir um ecrã de dezasseis polegadas num e um de catorze no outro, com preços iguais.
Desempenho muito interessante
O novo chip da Intel é um assunto completamente diferente em relação aos das gerações anteriores. Como já dissemos, a memória RAM está incluída no chip, não tem tecnologia hyper-threading e o processador é monolítico, o que significa que as várias funções estão distribuídas por pequenos módulos, chamados chiplets, em vez de estarem todas incluídas numa única peça.
Estas alterações notam-se bastante, principalmente ao nível do consumo de energia porque este PC conseguiu funcionar durante mais de vinte horas – e não foi a ver vídeos na Netflix. Já no que respeita ao desempenho, este Asus também não se saiu nada mal. Aliás, no 3D Mark Wild Life até conseguiu o segundo lugar na categoria de PC Copilot+, à frente das ofertas com chips Qualcomm, um atestado à evolução da tecnologia de GPU da Intel. Contudo, no benchmark de IA que não ficou muito bem classificado, o que se pode entender de uma forma: este resultado tem mais que ver com a falta de optimização dos modelos de IA da Microsoft que do chip, pois se usarmos o modelo da Intel, o resultado é nada mau.
Distribuidor: Asus
Preço: €1999
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 7011
- PCMark 10 Produtividade: 10069
- PCMark 10 Bateria (Modern Office): 1231 minutos
- 3DMark Wild Life: 26 046
- Pocyon IA Computer Vision: 942
Ficha Técnica
Processador: Intel Core Ultra 7 258V
Memória: 32 GB LPDDR5X
Armazenamento: 1 TB M.2 NVMe PCIe 4.0 SSD
Placa Gráfica: Intel Arc Graphics
Ecrã: OLED 14 polegadas (2880 x 1800), 120 Hz
Ligações: USB-A 3.2, 2 x Thunderbolt, HDMI 2.1, jack de 3,5 mm, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4
Dimensões: 310 x 210 x 11,19 mm
Peso: 1,2 kg