‘Quente, muito quente’ – esta foi a expressão que mais usámos durante as semanas em que usámos o mais recente dobrável compacto da Samsung. A parte superior (podemos-lhe chamar ‘tampa’) deste smartphone foi capaz de atingir temperaturas bem elevadas quando usávamos o Flip6 de um modo que, aparentemente, nem exigia muito esforço: bastava usar um jogo ou fazer uma simples coisa, como tentar ligar o smartphone a um Chromecast (com várias tentativas frustradas), para o sistema começar a “arder”. A sensação não é boa, principalmente devido ao facto de o teste ter acontecido no Verão – e nem as amenas temperaturas com que Setembro chegou, foram desculpa para que considerássemos agradável aquecer as mãos neste “forno” em forma de smartphone.
Só 62 MP?
A evolução entre o Flip5 e o Flip6 foi modesta, mas com mais diferenças que as que encontrámos entre os dois mais recentes Fold. A que nos agradou mais foi na câmara traseira, cujo sensor foi melhorado – e muito. De 12 passou a ter 50 MP, o que se nota bem nos resultados da câmara. As fotos têm boa definição, cores equilibradas e não são nada más em condições de fraca luminosidade. Ainda assim, um total de 62 MP fica muito aquém para o que se espera de um topo de gama Android, onde o normal é superar os 100 MP. Por isso, gostávamos também de ter visto uma evolução nos outros sensores – é pena a Samsung ter optado por fazer copy-paste do Z Flip5.
Flip6 chega ao topo no 3D Mark
O novo processador Snapdragon 8 Gen 3 e uma GPU igualmente um nível acima da que estava no Fold5 deram-nos resultados agridoces nos benchmarks: o Flip6 tornou-se o melhor de todos os topos de gama no Wild Life Unlimited, mas nos restantes ficou abaixo que se espera de um topo de gama. Apesar disto, a utilização diária é feita de forma fluída, com as mais recentes capacidades de IA a deslizarem pelo ecrã, sem soluços. Até a que permite gerar ilustrações a partir de rabiscos leva pouco mais de cinco segundos a transformar os nossos traços em obras de arte.
Ecrã exterior limitado
Relativamente aos ecrãs, não houve grandes mudanças em relação ao Flip5 – apenas o brilho aumentou no principal, podendo chegar aos 2600 nits (no anterior, era de apenas 1750), o que faz a diferença em dias com muito Sol. De resto, a resolução e a taxa de actualização são decalcadas do modelo anterior. Como ponto negativo, temos o facto de o ecrã exterior ter uma resolução algo baixa, sentindo-se muito a diferença entre os dois. Aqui, continua a haver a limitação de apenas adicionar widgets (e apenas de algumas apps) – já estava na altura de a Samsung permitir adicionar algumas aplicações a este display para facilitar a interacção com o telemóvel.
Distribuidor: Samsung
Preço: €1369,90
Benchmarks
- AnTuTu: 1 400 569
- 3D Mark Wild Life: 20 405
- GeekBench 6 Single CPU: 1656
- GeekBench 6 Multi CPU: 5672
- GeekBench 6 OpenCL: 13 359
- PCMark 3.0 Work: 17 756
- PCMark 3.0 Battery: 970 minutos
Ficha Técnica
Processador: Snapdragon 8 Gen 3 (4 nm)
Memória: 12 GB
Armazenamento: 512 GB
Câmara: 62 MP
Ecrãs: 6,7″ LTPO AMOLED (2640 x 1080), 120 Hz, 426 ppi + 3,4” Super AMOLED (748 x 720), 60 Hz, 306 ppi
Bateria: 4000 mAh
Dimensões: 165,1 x 71,9 x 6,9 mm (aberto); 85,1 x 71,9 x 14,9 mm (fechado)
Peso: 187 gr