A LG anunciou uma nova tecnologia de ecrãs OLED que combina materiais fosforescentes e fluorescentes para criar os píxeis azuis que promete mais eficiência energética e melhora a estabilidade da imagem ao longo da vida do ecrã.
Quando, em 2012, a LG lançou o primeiro televisor com ecrã OLED surpreendeu o mundo com a qualidade da imagem, saturação das cores e com o contraste que esta tecnologia permite. Principalmente quando se comparam estes ecrãs com os LCD. No entanto, a tecnologia OLED tem algumas desvantagens (semelhantes às dos ecrãs de plasma). Um exemplo é o chamado burn-in. Um ‘fantasma’ que aparece nas zonas que são normalmente ocupadas pelos logos dos canais, oráculos ou as miras e HUD no caso dos videojogos. Esta imagem fantasma aparece porque os píxeis se degradam mais rapidamente nestas zonas.
Para contrariar este problema, os fabricantes de televisores OLED inventaram algumas soluções engenhosas, como a diminuição automática do brilho nessas zonas ou o chamado ‘pixel shifting’, que move levemente os píxeis nas zonas afectadas.
Os componentes que mais contribuem para o burn-in são píxeis os azuis e a forma como emitem luz, que é diferente da dos píxeis vermelhos e verdes. Os píxeis dos ecrãs OLED são compostos por um material orgânico (o ‘O’ em OLED) que emitem luz através de fosforescência ou de fluorescência. A fosforescência é mais eficiente e oferece vantagens no que respeita à durabilidade. Em alguns ecrãs OLED, os píxeis vermelhos e verdes usam fosforescência, enquanto os píxeis azuis usam geralmente fluorescência. Devido ao facto de os píxeis azuis necessitarem de mais energia para atingirem os mesmos valores de luminância que os verdes e vermelhos, degradam-se mais rapidamente, o que contribui para o aparecimento de zonas do ecrã com burn-in.
Os novos ecrãs ‘Dream OLED’ da LG tentam minimizar o problema através da utilização de uma estrutura de duas camadas para os elementos do ecrã que emitem luz. Este design usa elementos fosforescentes e fluorescentes para emitir a luz azul. De acordo com a LG, os ecrãs ‘Dream OLED’ são mais eficientes que os outros entre 10 e 20%, isto reduz o esforço dos píxeis e aumenta a durabilidade dos elementos azuis.
A LG diz que está a avaliar o desempenho antes de começar a produção em massa e a comercialização, o que quer dizer que pode demorar um ou dois anos para começar a chegar ao mercado.