Embora possamos ter a ideia de que os smartphones dobráveis são modelos relativamente novos, já andam por cá há quase cinco anos. Contudo, pelo facto de os primeiros modelos da Samsung (os Fold) terem tido vários problemas, é um segmento que tem estado um pouco à margem do resto do mercado, onde os telemóveis tradicionais ainda são reis e senhores. É um facto que não se vêm muitos dobráveis nas mãos das pessoas, no dia-a-dia, com o preço a ser um verdadeiro entrave para sua compra: o Galaxy Z Fold 4 custa à volta de 1500 euros e, o Magic V2, recentemente lançado pela Honor (e que é o sucessor do Magic VS, que testámos na PCGuia 384), roça os dois mil euros.
Tão fino que ele é
A verdade é que este modelo, que nem é de uma marca que assim tão conhecida em Portugal (só no final do Verão do ano passado entrou de forma oficial no País), se transformou na melhor opção do seu género. A grande razão para isto tem que ver com a sua espessura: com 9,9 mm, dobrado, tem quase o mesmo tamanho que um smartphone convencional. Isto faz a diferença, numa utilização diária: parece que estamos a pegar, apenas, numa folha de papel mais grossa. Aliás, para quem esteja acostumado a usar foldables mais “gordos”, a primeira sensação ao toque é bastante estranha (mas boa) – será mesmo que estamos a pegar num smartphone de dois mil euros?
Estamos e a Honor quer fazer com que cada euro valha a pena, uma vez que diz ter incluído nestes modelos «210 inovações tecnológicas». No meio de um conjunto tão alargado, uma delas poderia ser, por exemplo, evitar que o Magic V2 aquecesse demasiado quando o usamos de forma intensiva – aliás, não nos lembramos de ter um modelo com este problema, nos últimos meses. Será que isto é explicado por ter uma bateria dupla, mais fina que o comum, o que faz alargar a sensação de aquecimento às duas metades? Apesar de a experiência de utilização ser bastante boa, no geral, sentimos que este contra se tornar incómodo – no nosso caso, tivemos de deixar o Magic V2 de lado por alguns momentos, para arrefecer.
Ecrãs de qualidade
A dobra, que costuma ser o maior ponto de stress dos dobráveis, parece estar num nível superior aos de outros modelos. Deu-nos sempre uma ideia de solidez e mantém o smartphone perfeitamente plano, o que influencia positivamente a experiência de utilização. A isto junta-se um ecrã interior com uma boa qualidade de visualização e brilho, assim como um exterior com até 120 Hz e 2500 nits – ambos são OLED, o que explica o óptimo contraste. Na fotografia, a câmara porta-se bem em situações de exterior, de dia, mas sentimos que em ambientes com pouca luz há alguma dificuldade em manter uma definição aceitável.
Distribuidor: Honor
Preço: €1999
Benchmarks
- AnTuTu: 1 445 911
- 3D Mark Wild Life: 15 443
- GeekBench 6 Single CPU: 2003
- GeekBench 6 Multi CPU: 4961
- GeekBench 6 OpenCL: 10 991
- PCMark 3.0 Work: 16 441
- PCMark 3.0 Battery: 833 minutos
Ficha Técnica
Processador: Qualcomm SM8550-AB Snapdragon 8 Gen 2 (4 nm)
Memória: 16 GB
Armazenamento: 512 GB
Câmaras: 50 MP, f/1.9 + 20 MP, f/2.4 + 50 MP, f/2.0
Ecrã: 7,92” OLED LTPO, 120Hz (2156 x 2344), 402 ppi + 6,43” OLED, 120 Hz (1060 x 2376), 402 ppi
Bateria: 5000 mAh
Dimensões: 156,7 x 145,4 x 4,7 mm / 156,7 x 74,1 x 9,9 mm
Peso: 231 gr