Depois de, no Verão de 2023 um grupo de quinze mil escritores terem criado uma carta aberta sobre os perigos do uso da IA aos CEO da OpenAI, Alphabet, Meta, Stability AI, IBM e Microsoft, chega a vez dos músicos.
Agora, foi um grupo de duzentos artistas (onde se incluem Billie Eilish, Elvis Costello, Greta Van Fleet, Imagine Dragons, Bon Jovi, Jonas Brothers, Katy Perry, Mumford & Sons, Nicki Minaj, Pearl Jam, Sheryl Crow e Zayn Malik) a tomar a mesma iniciativa.
O apelo é semelhante: pedir às «empresas de tecnologia e aos programadores para que não ponham em causa a criatividade humana com as ferramentas de geração de música através de IA», escreve o TechCrunch.
«Quando utilizada de forma irresponsável, a IA representa uma enorme ameaça à capacidade de proteger a nossa privacidade, as nossas identidades, a nossa música e os nossos meios de subsistência», pode ler-se nesta carta lê-se na carta, partilhada pela conta de Medium Artist Rights Now.
Com o título ‘Stop Devaluating Music’ (‘Parem de desvalorizar a música’), esta carta lembra ainda uma das questões que mais tinta tem feito correr relativas ao uso de conteúdos, pelas empresas de IA, para treinar os seus modelos de linguagem.
«Algumas das maiores e mais poderosas empresas estão, sem autorização, a utilizar o nosso trabalho para treinar modelos de IA. Para muitos músicos, artistas e compositores que estão apenas a tentar sobreviver, isto seria catastrófico», escrevem os artistas.
Além dos escritores, também os profissionais de cinema já se insurgiram com o uso de IA na sétima arte – este foi mesmo um dos principais motivos que levou à greve dos argumentistas de Hollywood em 2023.