Segundo a Google, o modelo de linguagem de larga escala (LLM) Gemini é o mais potente que jamais desenvolveu, mas, até agora só funcionava em data centers com computadores dedicados ao processamento de tarefas de inteligência artificial. Para torná-lo portátil, a Google criou o Gemini Nano, um modelo derivado do Gemini, que pode funcionar nos processadores menos potentes dos telefones. Para já o recém-apresentado Pixel 8 Pro é o único smartphone capaz de usar o Gemini Nano, mas a Google quer integrá-lo no Android, o que significa que pode vir a funcionar em qualquer smartphone com este sistema operativo.
Quem tiver um Pixel 8 Pro (para já apenas nos Estados Unidos), terá, a partir de agora, duas funcionalidades que usam o Gemini: a funcionalidade de resumo da aplicação de gravação de voz e a funcionalidade ‘Smart Reply’ que faz parte do teclado Gboard. Ambas as funcionalidades fazem parte da actualização de Dezembro e ambas funcionam em modo offline, visto que são executadas exclusivamente no próprio dispositivo.
Nesta primeira versão a funcionalidade ‘Smart Reply’ funciona apenas com o WhatsApp, mas Google diz que chegará a outras apps durante o próximo ano. Se a experiência for bem-sucedida, a Google vai integrar o Bard com tecnologia Gemini no Assistente Google em todos os telefones Pixel. Para já, o Gemini funciona apenas em inglês.
Neste momento o único chip capaz de executar o Gemini Nano é o Tensor 3 que controla a geração mais recente de telefones da Google. Para fazer chegar o Gemini a outros smartphones Android, a Google lançou um novo serviço, chamado AICore que os programadores podem usar para integrar funcionalidades que usem o Gemini nas suas aplicações. Claro que estas funcionalidades não vão funcionar em todos os Android, porque têm de ter chips mais poderosos, mas no artigo publicado pela Google é mencionado que outras empresas estão a desenvolver chips capazes de usar o AICore.