Depois do Altice International Innovation Award, há outra competição a premiar as melhores ideias nacionais de tecnologias que trazer algo de novo a vários quadrantes da sociedade.
O Fraunhofer Portugal Challenge (que chegou à sua 14.ª edição) distinguiu quatro projectos tecnológicos relacionados com as áreas da energia, cancro e da deficiência intelectual, nas categorias Thesis Award (três prémios para as «melhores ideias baseadas em teses académicas») e o Student Award, uma novidade, que «premeia o estudante com a ideia tecnológica mais promissora».
Na Thesis Award, o primeiro prémio (no valor de três mil euros, a que se junta um período de acompanhamento por «investigadores do FhP-AICOS num processo de mentoria») foi entregue a José Pedro Pinto, da Universidade de Aveiro, pelo desenvolvimento de uma «nova arquitetura para um gerador de energia eletromagnética auto-adaptativo rotacional».
Este sistema está «optimizado para tirar partido de fontes de energia de baixas frequências, para potenciar a aplicabilidade, em micro e macroescala». Desta forma, José Pedro Pinto diz que, tanto pode actuar com o «movimento do corpo em, por exemplo, dispositivos médicos implantáveis e inteligentes» como na «geração de energia através das ondas do mar».
Rafaela Timóteo (IST – Universidade de Lisboa) foi a vencedora do segundo prémio, no valor de dois mil euros; a estudante concebeu uma app de «realidade aumentada para cirurgia oncoplástica da mama», a BREAST+. Criado com recurso aos óculos HoloLens 2 da Microsoft, esta inovação «permite aos cirurgiões terem acesso a modelos tridimensionais digitais das doentes» em contexto de bloco operatório.
Com o BREAST+, os cirurgiões podem ter acesso à «visualização tridimensional das perfurantes», passando a ter um auxílio na «tarefa de marcação e da sua localização na barriga da doente no bloco operatório», que se «tornam praticamente imediatas».
Finalmente, o terceiro prémio (mil euros) distinguiu uma ideia de Diogo Lavado, aluno da FCT Nova: um «algoritmo de machine learning que detecta rede eléctrica», uma forma de «tornar as inspecções mais seguras e céleres». O objectivo passa por «calcular um risco de contacto da rede com o ambiente, o que pode significar a prevenção de defeitos, cortes de eletricidade e incêndios florestais».
Já na categoria Student Award, a vencedora foi Filipa Alves (investigadora no IADE), com um «planetário interactivo para estimulação cognitiva de pessoas com deficiência intelectual». Este é um «puzzle de madeira composto por um conjunto de engrenagens de diferentes tamanhos que podem ser encaixadas», cuja “missão” é «contribuir para a estimulação cognitiva e sensório-motora e aumentar a compreensão intuitiva de conceitos básicos de astronomia e mecânica» de pessoas com deficiência.