«Hoje, a Web Summit está a entrar na sua próxima fase». A pouco mais de quinze dias do arranque, aquele que é um dos maiores eventos de tecnologia do mundo apresenta a sua nova CEO: Katherine Maher.
A executiva de 40 anos, que tinha estado na liderança da Fundação Wikimédia (Wikipédia) entre 2016 e 2021, com passagens pelo World Bank e pela UNICEF, ocupa o lugar deixado vago por Paddy Cosgrave.
Lembre-se que Cosgrave tinha partilhado, nas redes sociais, a sua opinião sobre o conflito entre Israel e o Hamas: «Crimes de guerra, são crimes de guerra, mesmo quando são cometidos pelos aliados [referindo-se a Israel] e é assim que lhes devemos chamar».
Numa sucessão de posts no X, entre 13 e 16 de Outubro, Cosgrave condenou ainda o Hamas e tentou “emendar a mão”, numa aparente suavização da sua condenação aos ataques de Israel – contudo, o mal estava feito, com resultados catastróficos para a Web Summit.
Depois do primeiro post de Paddy Cosgrave, Amazon, Meta, Google, Intel e Siemens cancelaram a sua participação no evento, numa demonstração de apoio a Israel e contra a declaração do CEO, que afirmava que o país estaria a cometer crimes de guerra neste conflito.
A 17 de Outubro, Cosgrave publicou um pedido de desculpas, acompanhado da sua demissão de CEO da Web Summit. Quase duas semanas depois, Katherine Maher assume o cargo e apresentou-se numa carta aberta, enviada aos meios de comunicação.
«Se estão a ler isto, estão, sem dúvida, cientes de que, nas últimas semanas, a Web Summit tem estado no centro das atenções, em vez de ser uma anfitriã. O seu objetivo foi ofuscado pelos comentários pessoais de Paddy Cosgrave», escreve Katherine Maher.
A nova CEO quer ultrapassar rapidamente esta polémica: «Acredito na missão da Web Summit de ligar pessoas e ideias que mudam o mundo. A nossa tarefa imediata é voltar a concentrarmo-nos naquilo que fazemos melhor: facilitar as discussões entre todos os envolvidos no progresso tecnológico».
Pode ler a totalidade da carta aberta de Katherine Maher, aqui.