A Web3 é um conceito que se refere a uma nova geração de aplicações descentralizadas na Internet, sem intermediários ou autoridades centrais, como acontece normalmente. Em vez disso, a Web3 utiliza tecnologias como blockchain, criptografia e redes ponto-a-ponto para garantir a segurança, a transparência e a autonomia dos utilizadores e dos seus dados.
Esta “nova Internet” promete uma “mundo online” mais democrático, inclusivo e participativo, onde os utilizadores podem controlar os seus próprios dados, identidades, recursos e colaborar em comunidades autogeridas. Além disso, é também uma das tecnologias por trás da IoT e permite criar aplicações descentralizadas, executadas em blockchain.
As dApps são semelhantes a qualquer outras aplicações que usamos nos smartphones e computadores, com a diferença de se basearem na infra-estrutura blockchain para dar mais controlo, autonomia e transparência aos utilizadores, em vez de serem totalmente controladas por grandes empresas de tecnologia.
Mais segurança
Outra das promessas da Web3, é aumentar a segurança na Internet, por se basear em blockchain – com esta tecnologia, todas as actividades terão de ser assinadas com a uma chave privada. Em teoria, isto pode resolver um dos problemas com a actual estrutura de funcionamento da Internet: o facto de não haver qualquer controlo sobre onde é que os dados são guardados. Por exemplo, quando se usa um serviço de armazenamento na cloud, não sabemos onde é que os dados estão gravados e quem tem acesso aos mesmos. Com a Web3, o utilizador pode escolher onde é que os dados estão gravados, quem tem acesso e por quanto tempo.
Realidade ou utopia?
Apesar de todas estas promessas, a Web3 não passa de uma utopia, para muitas pessoas. Se olharmos para a questão das dApps, as API usadas são desenvolvidas, principalmente, por duas empresas e as casas de câmbios de criptomoedas são dominadas por quatro empresas de dimensão mundial. Outra dificuldade que a passagem de um modelo centralizado para um descentralizado é a da regulação. Segundo vários juristas, a descentralização da Internet pode levar a um grande aumento do cibercrime, crimes de ódio ou de assédio online.