A Samsung anunciou que concluiu o desenvolvimento dos primeiros chips DRAM Graphics Double Data Rate 7, GDDR7. Isto indica que, nos próximos meses, ou o mais tardar no início de 2024, as primeiras amostras vão começar a chegar aos fabricantes de placas gráficas para os primeiros testes.
Aparentemente, a empresa coreana está bastante à frente dos seus concorrentes directos, a SK Hynix está focada no desenvolvimento de memórias HBM3E e HBM3 de 12 camadas para aplicações de Inteligência Artificial e GPU de alto desempenho (HPC GPU) com a esperança de se tornar o principal fornecedor da Nvidia para a próxima geração de produtos para o mercado profissional. A Micron está a desenvolver as suas próprias memórias GDDR7, mas não deve apresentar nada de novo antes de 2024. Apesar disto, ainda deve ir a tempo de poder fornecer memórias para as gráficas da próxima geração da Intel, AMD e Nvidia.
Os chips de memória GDDR7 de primeira geração da Samsung conseguem atingir velocidades de até 32 Gbps por cada pino, o que corresponde a um aumento de 33% de velocidade em relação aos melhores chips GDDR6 da actualidade. Para conseguir obter este ganho de velocidade a Samsung está a usar sinalização PAM-3, porque é um meio-termo entre o sistema NRZ das memórias GDDR6 e o PAM-4, usado nas memórias GDDR6X. A empresa diz que ainda há espaço para melhorar e que os seus chips podem vir a atingir 36 Gbps por pino, mais 50% de velocidade em relação às memórias GDDR6.
Em termos de capacidade, os novos chips GDDR7 da Samsung são iguais aos GDDR6 e GDDR6X com 2 GB por unidade, isto fica a dever-se à dificuldade em conseguir integrar mais células DRAM no mesmo espaço. Este factor vai fazer com que os fabricantes de placas gráficas não vão conseguir fazer evoluir facilmente o design dos seus produtos em relação aos actuais. Alegadamente, a Samsung está interessada em ultrapassar esta limitação através de tecnologias que permitem empilhar mais células, como a 3D X-RAM da Neo Semiconductor.
O processo de fabrico que a Samsung está a usar nas memórias GDDR7 é o D1z, exactamente o mesmo utilizado para construir os chips GDDR6 de 24 Gbps. As novas memórias funcionam com uma voltagem nominal de 1,2 V e, segundo a empresa, foi conseguida uma redução de 70% na resistência térmica em comparação as memórias GDDR6, o que vai facilitar o funcionamento dos sistemas de refrigeração das futuras placas gráficas.