Até agora, no que respeita aos smartphones mais potentes, a Xiaomi estava “presa” no mercado dos dispositivos de gama média/alta – contudo, 2023 marca a entrada da marca chinesa no segmento dos dispositivos de gama alta. Os Xiaomi 13 e 13 Pro usam os mais recentes processadores da Qualcomm e têm uma câmara que foi afinada pela Leica. À primeira vista, o Xiaomi 13 parece-se muito com um iPhone 12 (as arestas rectas são responsáveis por esta confusão), mas a dúvida dissipa-se assim que se vira o dispositivo e se dá com o ‘camera bump’ com três objectivas e a indicação ‘Leica’.
O Xiaomi 13 é uma máquina muito bem construída, com acabamentos de primeira. Mas, apesar de ser um dispositivo bonito, pelo menos a parte de trás não vai passar muito tempo à vista, porque a primeira coisa que se tem de fazer é colocar-lhe a capa que vem na caixa. Isto, porque a peça traseira, que tem um acabamento polido, fica cheia de dedadas ao fim pouco tempo de utilização.
Feito para fotografia
A coisa de que a Xiaomi mais se orgulha mais nesta nova série de smartphones é a parceria com a Leica, a lendária marca alemã de máquinas fotográficas. Neste caso, a Leica participou no desenvolvimento e afinação dos sistemas ópticos e do software de pós-processamento do Xiaomi 13 e 13 Pro. Já os sensores de imagem são fabricados pela Sony e, na versão normal do 13, são de 50 MP (grande angular), 10 MP (teleobjectiva) e de 12 MP (ultra grande angular). A qualidade das fotografias em modo automático é bastante boa, com cores saturadas e praticamente sem ruído, mesmo em condições de baixa luminosidade. Tal como noutros smartphones, também o 13 tem um modo de fotografia, denominado ‘Pro’, que tem o objectivo de emular a utilização de uma máquina fotográfica “a sério”.
Carregamento mesmo rápido
Além das máquinas, um dos aspectos mais impressionantes dos novos smartphones da Xiaomi é o carregamento. A empresa diz que a bateria de 4500 mAh consegue ficar carregada completamente em menos de quarenta minutos, graças ao transformador de 67 W, o que se confirmou nos nossos testes. O Xiaomi 13 também pode ser carregado através de indução e tem uma funcionalidade que o permite carregar outros dispositivos.
No que respeita ao desempenho geral, nota-se que a marca tem algum trabalho a fazer do lado da gestão térmica e energética do processador. Este terminal usa o mais recente processador da Qualcomm, o Snapdragon 8 Gen 2, que também é usado, por exemplo no S23 da Samsung. No entanto, no caso do Xiaomi 13, quando se põe o processador em modo de desempenho, este fica com bastante “vigor” (até conseguiu chegar ao topo de alguns dos nossos testes), mas se os testes forem repetidos, os resultados começam a baixar bastante. Isto pode dever-se ao facto de o sistema de dissipação de calor não ser eficaz o suficiente para a temperatura a que o Snapdragon pode chegar. E isso obriga o software de controlo a baixar a velocidade do processador para, por sua vez, fazer baixar a temperatura. Pode pensar que são apenas testes, no entanto, se estiver a jogar durante muito tempo, a perda de velocidade pode notar-se bastante ao longo desse tempo.
Distribuidor: Xiaomi
Preço: €999,99
Benchmarks
- AnTuTu: 1 306 718
- 3D Mark Wild Life: 14003
- GeekBench 5 Single CPU: 1964
- GeekBench 5 Multi CPU: 5530
- GeekBench 5 Open CL: 6597
- PCMark 3.0 Work: 15 993
- PCMark 3.0 Battery: 864 minutos
Ficha Técnica
Processador: Qualcomm SM8550-AB Snapdragon 8 Gen 2
Memória: 12 GB
Armazenamento: 256 GB
Câmaras: 50 MP f/1.8 + 10 MP f/2.0 + 12 MP f/2.2 (traseiras); 32 MP, f/2.0 (frontal)
Ecrã: 6,38” AMOLED 120 Hz (1080 x 2400) 414 ppi
Bateria: 4500 mAh
Dimensões: 152,8 x 71,5 x 8 mm
Peso: 185 gr