Já só falta mesmo à Microsoft confirmar que a próxima versão do seu sistema operativo se vai chamar Windows 12, porque, desde há algum tempo que andam a circular rumores acerca do desenvolvimento e funcionalidades de uma futura versão. Segundo os rumores, o Windows 12 terá componentes mais modulares, que podem ser instalados em partições diferentes. Estas funcionalidades podem tornar o sistema mais fácil de gerir em dispositivos com menos recursos e, ao mesmo tempo, oferecer compatibilidade com a maioria das aplicações e actualizações transparentes para o utilizador.
Há muito que a Microsoft tem vindo a modernizar a plataforma Windows. Este esforço incluiu uma tentativa de criar uma versão completamente diferente do sistema operativo que se chamava Windows 10X, que tinha como público-alvo todos os utilizadores que precisavam do Windows, mas não tinham necessidade de todas as funcionalidades que estão presentes no sistema só para manter compatibilidade com aplicações e tecnologias mais antigas. Quando começou o movimento de transição para um modelo de trabalho híbrido, a empresa simplesmente cancelou o projecto e incluiu algumas funcionalidades do Windows 10X no Windows e, ao mesmo tempo, tornou opcionais algumas aplicações e funcionalidades que antes estavam incluídas no sistema operativo.
Antes do lançamento do Windows 11, a Microsoft tentou criar o ‘Windows Core OS’, uma versão completamente despida do sistema operativo que serviria de base para um Windows modular, que podia depois receber apenas as funcionalidades que eram necessárias para funcionar em dispositivos com capacidades diferentes, como tablets, desktops ou portáteis.
Este conceito revelou-se complicado de implementar. Por isso, a Microsoft optou por uma solução gradual para a modernização do Windows, como a que é hoje usada no Windows 11. No entanto, a Microsoft não desistiu desta ideia e está a desenvolver uma nova versão do sistema, que poderá ser o Windows 12, e que tem o nome de código interno ‘Hudson Valley’, incorporando muitos dos conceitos do Core OS. Tudo isto faz parte de um projecto chamado ‘CorePC’.
Supostamente o Windows 12 terá ‘estados’, que estão em várias partições diferentes do dispositivo de armazenamento. Alegadamente, este sistema torna o Windows mais fácil de gerir e actualizar e ao mesmo tempo dá mais segurança aos utilizadores.
Um dos aspectos desta nova arquitectura é a segurança acrescida, porque os ficheiros que são essenciais para o funcionamento do sistema operativo estão separados dos ficheiros e programas usados pelos utilizadores. Simultaneamente, as actualizações do sistema serão mais rápidas e nem sempre será necessário reiniciar o computador após a sua instalação. Da mesma forma, os dispositivos usados no contexto de educação serão mais facilmente respostas.
Esta nova arquitectura do sistema permitirá à Microsoft reduzir o espaço e os recursos de processamento necessário para executar o Windows em dispositivos menos poderosos. Em declarações ao site Windows Central, fontes da Microsoft dizem que o Windows 12 para dispositivos usados em contexto de educação podem vir a estar limitados à utilização do Office, Edge e apps Android. Isto reduz o espaço de armazenamento necessário entre 60 e 70% em relação ao Windows 11 SE.
Para os dispositivos que necessitam de compatibilidade com aplicações mais antigas, o Windows 12 terá uma camada de compatibilidade, denominada ‘Neon’, que servirá para ajudar os utilizadores a fazerem a transição para o novo sistema. Outros rumores indicam que existe mesmo uma versão do Windows 12 que não incluirá nenhuma compatibilidade com aplicações antigas e que será optimizada para a próxima geração de hardware da Intel, AMD, Nvidia e Qualcomm. Esta versão terá uma forte componente de Inteligência Artificial.
Neste momento, a plataforma CorePC ainda está nas fases iniciais de desenvolvimento e, de certeza, muito vai mudar até ao lançamento de um novo sistema. Os planos da Microsoft apontam para uma apresentação do novo conceito do Windows em 2024.