O desenvolvimento do Tuga, um «novo tipo de veículo eléctrico», pssou à próxima fase: a empresa que reúne engenheiros portugueses e norte-americanos anunciou «avanços em relação aos objetivos funcionais que levaram a várias actualizações de engenharia e melhorias técnicas».
Neste momento, a Tuga Innovations «concluiu todas as fases preliminares do projecto e de engenharia» e está agora em «preparação para a pormenorização final», que resultará na produção de um protótipo funcional, o Tuga V0.
Este protótipo deverá estar pronto ainda este ano (entre Outubro e Dezembro), mas a empresa assume que pode haver atrasos e aponta também o primeiro trimestre de 2023 nas suas previsões.
O Tuga é um veículo eléctrico que pode ser usado em serviços de car sharing (num modelo semelhante às bicicletas eléctricas da Gira, em Lisboa, por exemplo), tem três rodas (duas atrás e uma à frente). Contudo, também pode entrar no mercado das entregas de comida ou em empresas de estafetas – a ideia é ser uma espécie de canivete suíço com rodas, um veículo multifunções, na linha do que acontece com o Ami, da Citroen
Entre as principais características do Tuga estão um «eixo traseiro retráctil, com patente pendent,e para opções de estabilidade/agilidade», e um «inovador chassis traseiro expansível, para aumentar a acessibilidade de passageiros/carga» – neste campo, a empresa contou com a ajuda da Optimal Structural Solutions.
Estas duas funcionalidades, assim como «componentes de contracção inteligentes» e o «sistema PLUME» (para ver em tempo real as emissões do Tuga) foram objecto de pedidos de patentes pela marca.
De acordo com Carlos Barbosa, vice-presidente e líder do projeto Tuga, a empresa e a Optimal Structural Solutions fizeram um «excelente progresso no projecto e na engenharia do veículo» e «aplicaram uma abordagem inovadora e flexível» à sua estrutura, que terá 2,45 metros de comprimento e 88 centímetros de largura, pouco maior que uma scooter (imagem em baixo).
Sobre o motor, a bateria e a electrónica do Tuga, a empresa diz que «estão em fase de conclusão», mas já se sabe que este veículo pode chegar ao mercado com uma velocidade máxima de 140 km/h e uma autonomia de 160 km.
No site da empresa, percebemos ainda que o pára-brisas do Tuga deverá ter informação digital sobre a autonomia, velocidade e até mesmo direcções GPS, vários sensores, conectividade 5G e uma câmara.
Até à apresentação do protótipo, a empresa vai continuar a limar arestas: «Daremos continuidade ao aperfeiçoamento do veículo e, é claro, iremos identificar dados adicionais das simulações de desempenho e dos esforços de produção à medida que integramos os vários subsistemas e começamos a testar o protótipo Tuga V0», conclui Samuel Gomez, chefe de engenharia da Tuga Innovations.