Quase sete meses depois de ter sido lançado, o telescópio James Webb (uma espécie de sucessor do Hubble) tirou a sua primeira fotografia a cores que se torna a «imagem infravermelha mais profunda e nítida do Universo distante até à data».
A fotografia mostra o aglomerado de galáxias SMACS 0723, tal como estava há 4,6 mil milhões de anos – este número é explicado pela distância a que este cluster está do James Webb.
Para termos uma ideia do “pedaço” de Universo mostrado nesta imagem, a NASA faz uma comparação: imagine que está deitado no chão, a olhar para o céu; estenda o braço para cima e pense que na ponta está um grão de areia – este grão de areia que representa a foto captada pelo James Webb, em relação ao restante céu observável dessa posição.
Esta foto, contudo, não foi feita com uma única exposição: é, sim, um «composto feito de imagens de diferentes comprimentos de onda» que demorou «12,5 horas» a captar; para fazer o mesmo, o antigo telescópio Hubble precisava de «semanas», ressalva a NASA.
Além desta primeira fotografia, a agência espacial dos EUA, em parceria com a ESA (a congénere europeia) e a CSA (canadiana) vai hoje mostrar mais um conjunto de imagens: a revelação será feita durante a tarde de hoje no site do telescópio.
A fotografia do aglomerado de galáxias SMACS 0723 captada pele James Webb pode ser descarregada em várias versões aqui, incluindo no tamanho e com a qualidade original ou em modo wallpaper, para computadores e smartphones.