Mykhailo Fedorov tem usado a sua conta no Twitter para revelar os pedidos que tem feito a algumas das maiores empresas tecnológicas para ajudar o país e cortar o acesso de vários serviços à Rússia.
Além das mensagens, Mykhailo Fedorov mostra ainda digitalizações das cartas que tem enviado pessoalmente aos líderes das empresas – uma delas, uma das primeiras, de uma série de contactos que o ministro tem feito, foi a Tim Cook, CEO da Apple.
«Entrei em contacto com Tim Cook para pedir que bloqueasse o acesso dos cidadãos da Federação Russa à Apple Store e apoiar o pacote de sanções do governo dos EUA!». Na carta, partilhada com o tweet, Fedorov acredita que Tim Cook vai «fazer tudo para proteger a Ucrânia, a Europa e todos os países democráticos da sangrenta e autoritária opressão», referindo-se à Rússia.
Seguiram-se depois, tweets com um apelo semelhante à Google, Netflix e YouTube, ou seja, pedidos para cortar estes serviços na Rússia. Em relação à plataforma de vídeos, Mykhailo Fedorov pede especificamente que sejam bloqueados canais de propaganda russa: Russia 24, TASS e RIA Novosti. «Se têm medo da verdade, temos de parar esta corrente de mentiras venenosas».
Até agora, as empresas em questão ainda não tomaram acções em linha com os pedidos do ministro da transformação digital da Ucrânia, embora Fedorov tenha partilhado uma decisão do YouTube: o canal Russia Today deixou de poder ganhar dinheiro com os vídeos.
Um pedido que teve resposta no mesmo dia (26 de Fevereiro) foi o que Mykhailo Fedorov fez a Elon Musk pelo Twitter para activar a rede de Internet por satélite StarLink na Ucrânia, com o CEO da Tesla a prometer mais «terminais» para que seja possível um acesso mais fácil.
Starlink terminals are coming to Ukraine! Thank you @elonmusk, thank you everyone, who supported Ukraine! pic.twitter.com/xHDYHunhsW
— Mykhailo Fedorov (@FedorovMykhailo) February 26, 2022
Na timeline de Mykhailo Fedorov podem ser vistos ainda tweets dirigidos à Rakuten (que tem o Viber), ao PayPal, à Meta (Facebook e Instagram, que já anunciou tomada de acções), à Visa e à Mastercard.
Além destas iniciativas, o ministro anunciou ainda a criação do Exército TI da Ucrânia (com um canal no Telegram), com o objectivo de recrutar «talentos digitais» para dar apoio naquela que será também uma guerra travada online.