Quando falamos de marcas de topo, no que respeita a colunas de som, onde a qualidade de áudio tem poucas ou nenhuma falhas, temos de nos começar a centrar noutros aspectos.
É o que acontece com esta Zeppelin: se, no som, os seus dois tweeters de 25 mm, dois médios de 90 mm e um woofer de 150 mm, posicionado a meio, nos dão uma qualidade quase sem mácula (mas, ainda assim, a precisar de mais “profundidade”), é na experiência de utilização que esta coluna perde muitos pontos.
Uma das principais culpadas para isto é a app da B&W que temos de usar para fazer a configuração Wi-Fi. Se, numa primeira vez, ainda que com alguma dificuldade, conseguimos emparelhar a Zeppelin com o smartphone, quando a tirámos de uma rede para a colocar noutra, foi bastante complicado voltar a ter sinal de vida deste dirigível sonoro.
A aplicação é pouco intuitiva, não dá muitas soluções em caso de falha e, mesmo a fazer reset várias vezes, só ao fim de três tentativas é que conseguimos começar a usar a coluna. Depois, mais problemas: não conseguimos entrar na app Deezer ao fazer o login com uma conta Apple e a app não reconheceu que já tínhamos TuneIn no smartphone, pelo que tivemos de fazer login mais uma vez.
Ou seja, usar os serviços de streaming incluídos na app pode ser uma dor de cabeça. O melhor mesmo é usar apenas o Bluetooth e fazer uma ligação à antiga com a Zeppelin.
De resto, este modelo (que foi lançado pela primeira vez em 2007, e que já teve mais duas versões nos últimos dez anos) continua a ter um design irrepreensível, mas devia ter uma app que permitisse ter uma interacção mais fiável e fácil.
Por exemplo, no iOS não mostra um player no ecrã bloqueado nem deixa controlar o volume fora da app. São demasiados pontos negativos na experiência de utilização para uma coluna de topo e que não honram os seus pergaminhos sonoros. É pena.
Nota: 3/5
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