A empresa de segurança NordVPN, que é mais conhecida pela sua aplicação de rede virtual privada (VPN), divulgou o resultado de uma pesquisa que pode por em sentido os utilizadores nacionais de cartões de pagamento.
Segundo a NordVPN, dos quatro milhões destes documentos que encontrou à venda da «dark web», mais três mil (3281) são portugueses. Contudo, estes dados não aparecem na parte “oculta” da Web devido a roubo ou ataques de phishing.
A empresa refere que os criminosos usam computadores com programas de força bruta que se limitam a tentar adivinhar números de cartões de pagamento válidos: «Primeiro tenta 000000, depois 000001, depois 000002, e por aí em diante até acertar. Sendo um computador, pode fazer milhares de tentativas por segundo» explica Marijus Briedis, CTO da NordVPN.
Este tipo de “ataque” faz com que os hackers não tenham como alvo «indivíduos ou cartões específicos», uma vez que se «trata de adivinhar quaisquer dados de cartões viáveis que funcionem para vender», diz o CTO.
Portugal é um dos 140 países que a NordVPN detectou nesta pesquisa – um cartão nacional custa, em média, 10,60 euros. Dos 3281 casos detectados, 1002 eram Visa, 367 Mastercard e 9 Maestro.
A nível global, os EUA são o país com mais cartões de pagamento à venda da dark web: mais de 1,5 milhões; na Europa, França está no topo da lista, com 134 mil casos. Já o tipo de cartão mais ‘hackeado’ é o Visa Classic (débito), seguido dos Mastercard e American Express.
As conclusões completas desta pesquisa da NordVPN podem ser lidas aqui.