O objectivo de Mark Zuckerberg de chegar a uma realidade “dominada” por um Metaverso, um mundo virtual imersivo onde se pode “viver” com a ajuda de vários dispositivos (entre os quais, os de RV e RA), pode ficar mais perto em 2022.
A Meta, a empresa criada em 2021 para servir de umbrella a Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou o desenvolvimento daquele que será o «supercomputador de inteligência artificial mais rápido do mundo», o AI Research SuperCluster.
Entrar no metaverso
Segundo a Meta, o trabalho feito pelo supercomputador vai «abrir caminho para a construção de tecnologias para a próxima grande plataforma de computação – o metaverso, onde aplicações e produtos orientados por IA irão desempenhar um papel importante».
Quando estiver implementado, o AI Research SuperCluster da Meta será especialista em «grandes modelos de processamento de linguagem natural (Natural Language Processing – NLP) e visão computacional para investigação».
AI Research SuperCluster com “ADN” da Nvidia
Este supercomputador vai, assim, servir para criar «novos e melhores modelos de IA que podem aprender com biliões de exemplos». A Meta fala em «trabalhar em centenas de diferentes idiomas; analisar perfeitamente texto, imagens e vídeo em conjunto; e desenvolver novas ferramentas de realidade aumentada».
O AI Research SuperCluster, cuja primeira “versão” foi criada em 2017, é alimentado por 760 sistemas de AI Nvidia DGX A100 (são os nós de computação), 6080 GPU A100, switches Nvidia Quantum 1600 Gb/s InfiniBand e cerca de 215 petabytes de armazenamento combinado entre várias tecnologias. Segundo a Nvidia, este sistema criado para o AI Research SuperCluster tem um desempenho de 1895 petaflops.
Supercomputadores em Portugal e no mundo
Actualmente, há mais de quinhentos supercomputadores em todo o mundo. A China é o país que tem mais sistemas deste género, 173. Os EUA estão em segundo lugar, com 149 – a “máquina” da Meta pode tornar-se, assim, o 150.º deste país.
Neste momento, o supercomputador mais “poderoso” do mundo é o Fugako, no Japão. Criado pela Fujitsu e pelo instituto científico nipónico Riken, tem cerca de 160 mil processadores ARM Fujitsu A64FX com 48 cores, a 2,2 GHz.
Portugal também tem supercomputadores, ambos no Minho Advanced Computing Centre. O mais poderoso é o Deucalion, com 10 petaflops; depois, há o BOB, com 1 petaflop.