Pelas páginas da PCGuia passam muitos smartphones, mas tablets são cada vez mais uma espécie rara nas páginas de testes: em 2021, contam-se pelos dedos de uma mão os modelos que testámos e o ano fecha com o Pad 5 da Xiaomi. E, para dizer a verdade, quando uma marca tenta imitar o design e a interface de um iPad (o preço não, e obrigado), é difícil dar um tiro ao lado.
Anjos e demónios
É precisamente isto que acontece com este tablet da marca chinesa, um detalhe que é em simultâneo o seu “anjo” e o seu “demónio”. A desvantagem (o demónio) é que, visto de alguns ângulos, o Pad 5 (este nome…=) parece mesmo um iPad, muito por culpa da moldura em alumínio, com as divisões para separar as antenas, por exemplo. A vantagem (o anjo) é que ficamos com um tablet que dá gosto ter nas mãos: as linhas são orgânicas, os materiais de construção dão-lhe um toque sólido e premium, como se estivéssemos mesmo com um dos mais recentes iPad na mão.
A Xiaomi não foi mesmo até ao fim nesta ‘cópia’ e isso nota-se na traseira – aliás, se a marca seguisse este conceito no resto do design, podíamos estar aqui a falar de um modelo ‘fundador’ e não ‘seguidor’, como parece ser o caso. Atrás, em vez do acabamento em alumínio que seria de esperar, temos uma superfície fosca e mate, que afasta aquela realidade de termos tudo “salpicado” com dedadas – quase que nos faz lembrar o recurso adoptado pela Oppo no Reno 6. Não há dúvida de que este é um dos elementos mais diferenciadores deste tablet da Xiaomi, bastante agradável ao toque e numa cor pérola que lhe dá um ar exclusivo.
Ecrã de qualidade
Outro dos pontos de destaque do Pad 5 é o ecrã de onze polegadas, num bom nível para um equipamento que fica abaixo dos quatrocentos euros. Com uma qualidade WQHD (wide quad high definition, ou, para percebermos melhor, 2K), o display tem Dolby Vision, pode chegar aos 120 Hz e mostra até «um milhar de milhão de cores», garante a Xiaomi. Não é preciso muito tempo a olhar para este ecrã (e a mexer nele) para perceber que temos aqui um dos melhores do seu género, nesta gama de preços. Da imagem, passamos ao som, onde mais uma vez o Pad 5 se mostra forte: há quatro altifalantes, dois de cada lado (ou base e topo, como entendermos), onde o Dolby volta a picar o ponto, desta vez em “modo Atmos”.
Mais uma câmara, por favor
Finalmente, destacamos a autonomia, superior a dezasseis horas, o que nos garante quase dois dias de trabalho completos de utilização, sem que tenhamos de estar a ter grandes preocupações a gerir brilhos de ecrã ou que tipo de conteúdos vemos.
Para o fim, duas coisas que podiam ter contribuído para que este modelo ficasse com uma pontuação superior: talvez uma câmara adicional na traseira para potenciar os recursos de imagem e um sensor de impressões digitais (talvez incluído no botão ‘power’) para reforçar os métodos de desbloqueio e segurança.
Distribuidor: Xiaomi
Preço: €399
Benckmarks
- Geekbench CPU Single: 751
- Geekbench CPU Multi: 2770
- Geekbench Compute: 2808
- AnTuTu: 584 781
- 3D Mark Wild Life: 3415
- PCMark Work 3.0: 10 986
- PCMark Autonomia: 997 minutos
Ficha Técnica
Processador: Qualcomm Snapdragon 860
Memória: 6 GB
Armazenamento: 128 GB
Câmaras: 13 MP (traseira) + 8 MP (frontal)
Ecrã: 11” WQHD IPS LCD (1600 x 2560) 274 ppi
Bateria: 8720 mAh
Dimensões: 254,7 x 166,3 x 6,9 mm
Peso: 511 gr