Embora o NDA (documento de confidencialidade) impeça os meios especializados, como a PCGuia, de publicar análises e resultados dos testes da nova geração de processadores da Intel, se o processador for obtido fora das vias tradicionais, como se tiver sido adquirido numa loja, esse mesmo acordo deixa de ter efeito.
Foi isso que aconteceu com o portal do Anandtech, que conseguiu adquirir um Intel Core i7-11700K, informou a Intel e publicou uma review completa sobre o mesmo. Os resultados não foram animadores. Esta análise, que certamente estará a fazer rolar cabeças na sede da Intel, em Santa Clara, revelou que não existem alterações estruturais significativas, para além da adição das novas instruções AVX-512, que ainda não são usadas em nada.
Segundo os benchmarks realizados pela equipa do Anandtech, nos testes sintéticos que simulam aplicações profissionais, o novo Core i7-11700K revelarou um aumento de 19% em cálculos de FPU, e 13% nos restantes, face ao Core i7-10700K, mas nos testes dos jogos, o caso mudou de figura, e o novo processador da família Rocket Lake nunca conseguiu superar o seu antecessor, nem o rival directo da AMD, o Ryzen 7 5800X de oito núcleos. Segundo a equipa da Anandtech, este resultado deve-se ao aumento das latências da cache L3, o que faz com que a memória cache demore mais tempo a reagir.
Como se a situação não fosse já suficientemente grave, o novo processador revelou consumir ainda mais energia, e gerar mais calor, especialmente quando utilizadas as novas instruções AVX-512, que durante um teste, aumentaram o consumo de energia deste Core i7-11700K dos 224W para 292W, elevando ao mesmo tempo a temperatura do processador de uma média de 80ºC para os 100ºC. Parece que é desta que a Intel atingiu mesmo o limite do processo de fabrico de 14nm.