Não, não é o team do filho do major Valentim Loureiro com um novo irreal e ideal social, a surrealizar por aí. Até porque, em 2020, pouca coisa não foi surreal. Os Ban não foram à China, mas a China voltou novamente aos ban. Ban de banir mais de uma centena de apps das várias stores, com o objectivo de “limpar a Internet”, é o resultado do trabalho da Cyberspace Administration of China. Uma agência que certamente produz mais resultados que a Space Force, nos EUA.
O curioso, ou talvez não, é uma das apps banidas ter sido a TripAdvisor, que, como saberá, assenta a sua actividade nos comentários e avaliações dos utilizadores sobre hotéis e destinos de férias. Não foi por certo uma má interpretação da palavra ‘trip’ que levou estes responsáveis da agência chinesa a banir a app por uma das razões apontadas às 105 apps banidas: obscenidade, jogo ilegal, informação violenta ou pornográfica, fraude e prostituição.
É um tipo de Re-Close China numa altura em que a União Europeia publica a app Re-Open EU. Um caso paradigmático que nos valida que nem todas as ferramentas informáticas deveriam tornar-se apps mobile. A ferramenta, por muito útil que seja para quem tem, ou se queira aventurar em viagens internacionais, informa sobre as várias medidas restritivas que os diversos Governos da EU impuseram nos respectivos países, nomeadamente sobre os requisitos de quarentena e de teste para os viajantes, e as aplicações móveis de rastreio e alerta do coronavírus.
Será, certamente, quase tão útil quanto a StayAway Covid que tem no seu smartphone, mas é graficamente de uma miséria franciscana. Uma vista Web embutida em app Android e iOS, para justificar mais umas coroas dos fundos UE. Além do mais, o mapa actual da Europa, exceptuando a região do Pai Natal (lá muito acima), está todo a vermelho, portanto o melhor é mesmo seguir as medidas da DGS e fechar-se em casa até 2022 e entreter-se com os melhores jogos e apps de 2020 eleitos pela Google e Apple.