Autoridades policiais dos Estados Unidos, Alemanha, França, Suíça e Holanda apreenderam esta semana os domínios e servidores usados por três serviços de VPN que eram usados para disfarçar actividades criminosas através da Internet.
Os três serviços estavam activos através dos domínios insorg.org, safe-inet.com e safe-inet.net até à passada Segunda-Feira, quando foram apreendidos pelas autoridades que substituíram as respectivas páginas por avisos de apreensão.
Os serviços estavam activos há mais de uma década e acredita-se que fossem operados pelo mesmo indivíduo, ou grupo, que era muito publicitado em fóruns ligados ao cibercrime em língua russa e inglesa. Os serviços em questão eram oferecidos por 1 euro por dia ou 155 euros por ano.
De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Europol, os servidores das três empresas eram usados habitualmente para mascarar as identidades reais de gangues ligados a ataques de ransomware, grupos dedicados a web skimming, phishing e roubo de contas, permitindo a utilização da Internet através de proxies com até 5 níveis.
As autoridades descrevem os três serviços como “serviços de hosting à prova de bala”, um termo utilizado para descrever empresas que fornecem acesso à Internet que não desactivam conteúdos criminosos apesar de lhes ser pedido repetidamente que o façam.
Esta semana foram apreendidos servidores em 5 países onde os fornecedores de serviços VPN tinham conteúdos. A Europol diz que vai analisar a informação que está nesses servidores para identificar e processar alguns dos utilizadores destes serviços.
Esta investigação, a que foi dado o nome “Operation Nova” foi coordenada pela Europol e liderada por agentes do quartel general da polícia de Reutlingen na Alemanha,
Segundo Udo Vogel, chefe da polícia a Reutlingen: “A investigação levada a cabo pelos nossos especialistas em cibercrime foi bem-sucedida graças à cooperação com os nossos parceiros de todo o mundo. Os resultados mostram que as autoridades policiais têm as mesmas competências que os criminosos.”
Não foi anunciada qualquer acção legal contra os responsáveis pelos três serviços de VPN.