As conclusões são da Check Point e apontam para números preocupantes que põem em risco a segurança de sites e utilizadores. A Netflix e a plataforma de videoconferência Zoom são dos principais alvos.
Segundo a empresa, há, em média, 2600 ciberataques relacionados com coronavírus por dia – o pico aconteceu a 28 de março com cinco mil identificados, quando o normal era haver apenas «algumas centenas».
A Check Point diz ainda que, nas duas últimas semanas, foram registados 30 103 novos domínios registados relacionados com o coronavírus: destes, 131 são maliciosos e 2777 foram considerados suspeitos.
Um dos principais alvos dos piratas é a Netflix: as tentativas de phishing (tentativa de extrair de forma fraudulenta os detalhes de pagamento dos utilizadores) duplicaram nos últimos meses. Uma das estratégias é levar os utilizadores a meter os seus dados em sites falsos, como o netflixcovid19s.com, alerta a Check Point.
Além da Netflix, a Zoom, uma plataforma de videoconferência que muita gente começou a usar para teletrabalho e actividades de lazer, também tem sido atacada.
«Recentemente, a Check Point Research viu um aumento do número de registos de domínios Zoom e identificou ficheiros “Zoom” maliciosos direccionados para quem está a trabalhar em casa. Mais de 1700 novos domínios Zoom foram registados desde o surgimento da pandemia, 25% dos quais foram registados na última semana».
Ultimamente, a estabilidade do Zoom tem sido posta em causa por vários analistas, uma vez que as comunicações não são encriptadas, o que expõe os utilizadores a ataques de hackers. Já em Janeiro de 2020, a Check Point tinha publicado um relatório que provava que o Zoom tinha sido alvo de uma falha de segurança.