Já foram escritos vários artigos fazendo referencia ao Ubuntu como a melhor opção, bem como todas que tem base nele, mas mesmo assim talvez muitos tenham dificuldade em escolher. Neste artigo vamos sugerir o Xubuntu e apresentar três pontos fortes que fazem dele uma boa sugestão para 2020.
Distro hopping
No mundo Linux, uma “doença” que afecta quase todos os que instalam a primeira distribuição é a chamada ‘distro hopping’: a constante instalação de distribuições, uns na busca da “perfeita” (mesmo tendo a consciência de que não existe), outros na busca daquela que se sentem mais à vontade e outros ainda, assim como eu, na busca de constante aprendizagem. Confesso que, durante um bom tempo, instalava todas as semanas uma nova, e acredito que alguns leitores vão se identificar com este comportamento que é quase inevitável. Felizmente, acabei por “estacionar” no Xubuntu, muito devido a um factor que considero o mais forte: a estabilidade.
Estabilidade
O que faz do Xubuntu uma das melhores escolhas para quem procura estabilidade? Um primeiro fator é o facto de ter base Ubuntu, garantindo assim suporte dos repositórios-base, actualizações de segurança e correção de bugs regulares, bem como uma comunidade enorme para ajudar.
Outro factor é o seu ambiente gráfico, o Xfce. Como já mencionei noutros artigos, é mais conservador, o que significa que o lançamento de novas actualizações é mais demorado. Para terem uma ideia, a ultima grande actualização estável, a 4.14, foi em Agosto de 2019 e demorou quase cinco anos a ser lançada, garantindo assim menor instabilidade. Em oposição temos o KDE Plasma, cujo modo de actualizações é mais regular, para contentamento dos mais entusiastas. Contudo, isso pode criar alguma instabilidade em distribuições Rolling Releases com as últimas actualizações, exemplo do KDE Neon, Opensuse Tumblewed e Manjaro.
Uma distribuição leve
Ser uma distribuição leve, significa que existe um bom equilíbrio entre os recursos do computador e as aplicações que vêm de instaladas de base. Um computador com um processador modesto, como um i3, e 2 GB de RAM, vai sem dúvida funcionar bem melhor que o sistema Windows XP ou Windows Vista desactualizados. A escolha de ferramentas que fazem parte do ambiente gráfico Xfce garantem uma melhor optimização dos recursos dos sistema operativo, apesar de não serem tão robustas, pois tem menos opções, diferente de outros ambientes gráficos com um maior consumo de recursos, mas isso garante harmonia, estabilidade e leveza que é esse o objetivo do Xubuntu. Apesar disso, é possível instalar qualquer outra aplicação que não faça parte do que vem de base e beneficiar à mesma da leveza do ambiente gráfico Xfce.
Personalização
A escolha padrão do visual da ultima versão do Xubuntu 19.10 não me agrada particularmente, mas como os olhos também comem, uma das coisa mais simples de fazer, após instalar é personalizar. Podem alterar a disposição da barra de ferramentas bem como o menu principal, na opção ‘Perfis de painel’; em ‘Aparência’ podem mudar os ícones, a fonte ou o estilo usado. Com meia dúzia de clicks têm um sistema que, visualmente, parece outro.
Conclusão
O importante é começar por algum lado e instalar uma distribuição Linux. O desafio que lanço aos meus amigos é o de testarem sempre. O Xubuntu é, geralmente, a minha primeira escolha porque se adapta muito bem a vários tipos de hardware e, mesmo depois de instalado, de um modo geral, funciona muito bem. Ainda estava na dúvida por qual distribuição começar? Comece pelo Xubuntu.