A Xerox uma das empresas especializada em hardware e software de impressão mais antigas ainda a operar, pode fazer uma oferta pela Hewlett Packard que envolve pagamento em dinheiro e acções.
O primeiro a dar notícia desta possibilidade foi o The Wall Street Journal, que cita fontes não identificadas, que indicam que numa reunião do concelho de administração da Xerox, na passada terça-feira, foi discutida a hipótese de fazer uma oferta pelas acções da HP, que envolve um valor em dinheiro, mais acções. Segundo estas fontes, o negócio poderia poupar às duas empresas 2 mil milhões de dólares em custos.
O The Wall Street Journal indica também que a Xerox já tem um compromisso informal de financiamento com um dos maiores bancos dos Estados Unidos.
Ontem foi anunciado que a Xerox vai vender a sua participação de 25% na parceria que tem há décadas com a Fuji, para a venda de soluções de impressão para o mercado da Ásia – Pacífico. Este negócio está avaliado em 2,3 mil milhões de dólares e pode ajudar a financiar a oferta pelo capital da HP.
Nem a HP nem a Xerox quiseram fizer qualquer comentário a esta notícia.
A Xerox é uma das empresas pioneiras na concepção e comercialização tanto de soluções documentais, como em hardware para computadores pessoais. Por exemplo, a primeira interface gráfica e o primeiro rato de sempre, bem como outras tecnologias de software usadas hoje em dia, saíram dos laboratórios da Xerox.
No entanto, se tivermos em conta que a Xerox está avaliada em 8 mil milhões de dólares e a HP em mais de 27 mil milhões trata-se uma operação que obrigará a um esforço considerável por parte da Xerox.
Esta notícia surge um ano depois de a Xerox ter abandonado um negócio de fusão com a Fujifilm, avaliado em 6,1 mil milhões de dólares por pressões de dois investidores que argumentavam que a a Xerox estria a ser avaliada muito por baixo.
Por seu lado, a HP também tem sentido a pressão do mercado, bem como alterações de liderança súbitas ao nível da gestão de topo. Em Agosto passado o CEO Dion Weisler anunciou que estava de saída por razões pessoais, tendo sido substituído pelo gestor da divisão de impressão Enrique Lores.
A nível mundial os resultados do terceiro trimestre da HP mostram uma queda de 5%, face ao período homólogo no negócio de impressão. No mês passado foi anunciado que a empresa ia despedir 9000 funcionários em todo o mundo a partir de 2020, como parte de um plano de reestruturação.