Adoro jogos de corrida, seja Forza, Project Cars ou F1, mas já sentia a falta de um título verdadeiramente arcade, bem ao estilo de Burnout. Com a chegada de Onrush, essa falha foi preenchida, não fosse este título criado pela Evolution Studios, uma equipa que pertenceu à Sony e que foi responsável pela saga MotorStorm, mas que acabou por sofrer com os fracos resultados obtidos por DriveClub.
Em Onrush, a Evolution Studios promete recuperar parte dos elementos que tanto sucesso fizeram em MotorStorm, como a jogabilidade viciante, e onde o objectivo não passa por terminar a prova com o melhor tempo por volta ou à frente de todos.
Dedo no gatilho
Estão disponíveis, ao todo, quatro modos de jogo distintos, embora todos eles partilhem o mesmo esquema de jogo: o de colocar duas equipas de seis jogadores frente-a-frente, embora cada modo tenha os seus objectivos específicos. Com o modo básico, o ‘Overdrive’, terá de dar bastante uso ao botão de Boost que, ao acumular a partir de um certo ponto, inicia o modo ‘Rush’, transformando o seu veículo numa espécie de supercarro com poderes melhorados. Porém, o Boost não está sempre disponível, sendo necessário realizar certos movimentos ou acções para recarregar este power-up, como conduzir próximo dos seus companheiros de equipa, conduzir demasiado próximo de obstáculos (como árvores), pelas colisões com jogadores adversários ou pelas acrobacias realizadas durante os saltos.
Com o modo ‘Countdown’, o mais próximo de uma corrida tradicional, terá de impedir a equipa adversária de progredir, passando pelos checkpoints durante os trinta segundos atribuídos por cada passagem. Sempre que for atingido por um adversário, tem de aguardar cinco segundos até poder regressar ao jogo; tempo durante o qual poderá mudar de veículo.
Temos ainda o modo ‘Lockdown’, que cria alvos ao longo da pista. Se a ocupação durar mais de cinco segundos, é atribuído um ponto à sua equipa. O conceito é engraçado, mas não é tão fácil de jogar quanto parece.
Modo single-player sabe a pouco
Ao todo terá à sua disposição oito classes de veículos (apenas quatro no início), cada qual com as suas características, como a agilidade dos veículos de duas rodas, ou a robustez dos veículos de quatro rodas.
O que sentimos em Onrush, é que este título está demasiado dependente da sua vertente multiplayer, uma tendência que afecta praticamente todos os títulos mais recentes, tendo o modo single-player (‘Superstar’) apenas seis capítulos, que mais parecem um gigantesco tutorial para os modos multiplayer. Os caixotes com itens adicionais, que podem ser adquiridos com dinheiro virtual, permitem-lhe personalizar os seus veículos, não tendo qualquer tipo de influência no comportamento dos mesmos. Felizmente.
Ponto final
Onrush é um jogo simples, mas bastante viciante, que promete deixá-lo entretido durante largas horas. Contudo, peca por ter um modo single-player demasiado curto, mas cumpre aquilo para o qual foi criado: entreter.
+ Acção Viciante
+ Mecânica arcade
– Modo single-player curto
Gráficos: 7
Som: 7
Jogabilidade: 9
Longevidade: 7
Nota final: 7,5
Editora: Codemasters
Distribuidora: Ecoplay
Site: onrushgame.com
Plataformas: PS4, Xbox One
Versão testada: Xbox One
Preço: €69,99