A Kaspersky Lab analisou os pontos de acesso públicos de Wi-Fi de 11 das cidades que acolhem o Campeonato do Mundo FIFA 2018: Saransk, Samara, Nizhny Novgorod, Kazán, Volgogrado, Moscovo, Ekaterinburgo, Sochi, Rostov, Kaliningrado e São Petersburgo.
Os resultados “revelam que, actualmente, nem todos os pontos de acesso dispõem de algoritmos encriptados e de factores de autenticação, aspectos essenciais para a segurança das redes”.
Os hackers só precisam de encontrar um ponto de acesso para interceptar o tráfego de rede e obter informações confidenciais de utilizadores desprotegidos.
As três cidades com maior percentagem de redes Wi-Fi inseguras são: São Petersburgo (37%), Kaliningrado (35%) e Rostov (32%). No extremo oposto encontram-se localidades relativamente mais pequenas, entre elas Saransk, onde apenas 10% dos pontos de acesso estão abertos, ou Samara, com 17%.
Quase 66% de todas as redes públicas nestes locais utilizam a família de protocolos Wi-Fi Protected Access (WPA/WPA2) para a encriptação do tráfego.
“A falta de encriptação do tráfego, aliada à celebração de eventos de grandes dimensões, como é o caso do Campeonato Mundial FIFA 2018, fazem com que as redes Wi-Fi se tornem num alvo óbvio para os hackers que procuram um acesso fácil aos dados dos utilizadores. Apesar de apenas dois terços de todos os pontos de acesso das cidades anfitriãs utilizarem a família de protocolos de acessos WPA/WPA2, estes pontos não podem ser considerados completamente seguros se a sua palavra-passe é acessível a todos. A nossa análise revela, uma vez mais, que a cibersegurança não deve estar focada em apenas alguns elementos mas na infraestrutura como um todo. O Mundial de Futebol afirma que, enquanto evento, é seguro, mas os utilizadores devem estar cientes que vários pontos de acesso público de Wi-Fi nas cidades anfitriãs não o são”, comentou Denis Legezo, Investigador Principal de Segurança na Kaspersky Lab.
Via Kaspersky Lab.