Depois do anúncio no final de 2016, e de um lançamento demasiado tímido, a AMD está de volta às placas gráficas de topo. A questão é: terão vindo a tempo? Embora tenham lançado duas placas gráficas, foi o modelo mais acessível que nos despertou maior interesse, a Radeon RX Vega 56, que utiliza uma arquitectura modular similar à usada nos anteriores GPU Fiji.
Neste caso em concreto estamos a falar numa GPU composto por 56 unidades de computação, que reúnem 3584 processadores stream a 1297 MHz, que podem atingir os 1573 MHz. Nesta versão Asus Strix é apenas possível graças ao recurso a um sistema de refrigeração mais eficaz que a solução de origem da AMD, isto sem contar com o sempre apetecível sistema de iluminação RGB Aura Sync.
Memórias HBM2
Por se tratar de uma arquitectura que exige uma grande largura de banda de comunicação com as memórias para explorar todo o seu potencial, a AMD teve de recorrer à segunda geração de memórias do tipo HBM (High-Bandwith Memory).
Estas têm a particularidade de estarem integrada no silício do próprio GPU, permitindo, assim, oferecer uma largura de banda máxima de 410 GB/s (no caso desta RX Vega 56), graças à curta distância do GPU e ao uso de um controlador de memória de 2048 bits. As memórias HBM2 têm ainda a vantagem de serem até cinco vezes mais eficazes em termos de consumo energético, um requisito fundamental para uma placa gráfica que tem aquele que é, actualmente, o GPU mais complexo do mercado, com 12,5 mil milhões de transístores, quase o dobro da GeForce GTX 1080.
Pensar no futuro
A arquitectura modular, o funcionamento interno e o tipo de memória utilizado dão a entender que estamos perante uma placa gráfica que não consegue revelar todo o seu potencial com os videojogos actuais, visto estar preparada para lidar com todas as especificidades de futuras APIs, como o DirectX 12.
Ainda assim, esta Radeon RX Vega 56 oferecer um desempenho que a coloca ao nível da GeForce GTX 1070, o que fazia todo o sentido na altura de lançamento da placa ou quando foi anunciada. Infelizmente, desde então, a AMD, ao demorar tanto tempo a lançar a placa no mercado, permitiu à Nvidia responder à altura, com o lançamento da GeForce GTX 1070 Ti, que estranhamente está a ser comercializada ao mesmo tempo que a Asus anuncia para esta RX Vega 56 Strix.
Ponto Final
O tempo que a AMD demorou a lançar esta Radeon RX Vega 56 permitiu que a Nvidia respondesse com a GeForce GTX 1070 Ti, que custa exactamente o mesmo e oferece um desempenho ligeiramente superior. Porém, acreditamos que em jogos futuros em DirectX 12, esta RX Vega 56 acabe por se revelar uma compra mais ponderada.
+ Desempenho
+ Preparada para o futuro
– Ligeiramente mais lenta que GTX 1070 Ti
Medições: 4,2
Construção: 2
Preço/Qualidade: 2
Pontuação: 8
Distribuidor: Asus
Site: asus.com/pt
Preço: €579
TABELA DE BENCHMARKS:
3D MarkFireStrike | Rise of The Tomb Raider (1920×1080 DX12 High FXXA) | MetroLastLight (1920×1080 DX11Ultra AA16x) |
16079 | 123 | 121 |
Ficha técnica
GPU: AMD Radeon RX Vega 56
Processadores Stream: 3584
Velocidade de relógio: 1297 MHz (1573 MHz Boost)
Interface: PCI Express 3.0
Memória: 8 GB HBM2
Velocidade da memória: 800 MHz
Interface de memória: 2048-bit
Resolução máxima: 7680 x 4320
Entradas: DVI-D, 2 x HDMI 2.0, 2 x Display Port 1.4