Um novo estudo da IBM revela que quase 60% das organizações que participaram no inquérito estão a adoptar o RGPD (Regulamento Europeu Geral de Protecção de Dados) como “uma oportunidade para melhorar a privacidade, a segurança, a gestão dos dados e ainda como catalisador de novos modelos de negócio”, em vez de o considerarem simplesmente um tema de conformidade em relação aos dados pessoais.
O estudo do Institute for Business Value (IBV) da IBM indica que “a maioria das empresas está a ser mais selectiva a recolher e a gerir os dados”, com 70% a tomar as medidas necessárias antes do prazo final para estarem em conformidade.
A preparação das empresas para o RGPD surge na sequência de um maior escrutínio por parte dos consumidores face à forma como as empresas estão a gerir os seus dados pessoais.
Um estudo feito em paralelo, que reuniu a opinião de 10 mil consumidores, realizado pela Harris Poll em nome da IBM, constatou que apenas 20% dos consumidores dos Estados Unidos confiam plenamente nas organizações com as quais interagem para manter a privacidade dos seus dados.
Um ponto-chave do novo regulamento é a exigência de que as empresas relatem violações de dados às entidades reguladoras num prazo de 72 horas. No entanto, o estudo do IBV constatou que “apenas 31% das empresas reavaliaram ou modificaram os seus planos de resposta a incidentes para se prepararem para este requisito, o que representa uma lacuna na abordagem geral das empresas ao RGPD”.
Outra conclusão do estudo é que as organizações estão a aproveitar o RGPD para “simplificarem a sua abordagem perante os dados, reduzindo a quantidade total de dados que estão actualmente a gerir”.
Para muitas organizações, isso significa “reduzir drasticamente o volume de dados que recolhem, armazenam e partilham”. 80% dizem estar a reduzir a quantidade de dados pessoais que mantêm na sua posse e 78% estão a reduzir o número de pessoas que têm acesso a dados pessoais.
“O RGPD será uma das maiores forças disruptivas com impacto nos modelos de negócio de todos os sectores – e o seu alcance vai muito além das fronteiras da União Europeia”, sublinhou Cindy Compert, CTO, Data Security & Privacy, IBM Security.
“Este processo decorre num período de grande desconfiança entre os consumidores em relação à capacidade das empresas em protegerem os seus dados pessoais. Todos estes factores juntos, geraram a conjuntura ideal para as empresas repensarem a sua abordagem e a sua responsabilidade perante os dados, de modo a começarem a restaurar a confiança junto dos consumidores na actual economia baseada na informação”.
Via IBM.