Uma equipa da universidade RMIT de Melbourne, Austrália, demonstraram esta semana pela primeira vez uma “bateria de protões” recarregável funcional. Segundo a equipa responsável por este avanço, este novo tipo de baterias tem o potencial de armazenar mais energia que as actuais baterias que utilizam tecnologia de iões de lítio.
As utilizações potenciais desta tecnologia incluem a armazenagem doméstica de energia a partir de painéis fotovoltaicos, como acontece hoje em dia com a tecnologia Power Wall comercializada pela Tesla, que utiliza baterias de iões de lítio. Com algumas alterações e numa escala maior, esta nova tecnologia pode também ser utilizada para armazenar energia em redes de escala média e também pode ser utilizada para alimentar veículos eléctricos.
O protótipo demonstrado esta semana utiliza um eléctrodo de carbono para armazenar hidrogénio ligado a uma pilha de combustível reversível para produzir energia. É o eléctrodo de carbono mais os protões que estão na água que podem transformar esta tecnologia numa opção melhor que a que existe hoje a nível ambiental, energético e económico.
Segundo o chefe da equipa responsável pela descoberta, John Andrews:
Este recente avanço é um passo crucial em direcção à criação de baterias de protões baratas e sustentáveis, que nos podem ajudar a suprir as necessidades de energia futuras sem medo de danificar ainda mais o ambiente. À medida que o mundo adopta métodos de geração de energia através de fontes renováveis, que são inerentemente instáveis, as necessidades de armazenagem de energia vão crescer exponencialmente e as baterias de protões são uma tecnologia pode contribuir para ajudar a responder às crescentes necessidades de armazenagem de energia de uma forma mais barata do que através das tecnologias existentes hoje em dia.
Durante o carregamento, o carbono do eléctrodo liga-se com os protões gerados através da divisão das moléculas de água com a ajuda dos electrões provenientes da fonte de alimentação que está a carregar a bateria. De seguida os protões são libertados outra vez e passam através da pilha combustível reversível para formar água ao serem misturados com oxigénio do ar para gerar energia. Ao contrário dos combustíveis fosseis, o carbono não é queimado nem é responsável por qualquer tipo de emissões durante o processo.
Se quiser saber mais sobre esta tecnologia clique aqui (página em inglês).