No Arts & Culture Lab em Paris, a Google tem vindo a experimentar como a Inteligência Artificial (IA) pode ser colocada ao serviço da cultura.
Hoje, a empresa de Mountain View partilhou as suas mais recentes experiências – protótipos desenvolvidos a partir de sete anos de trabalho em parceria com as 1500 instituições culturais de todo o mundo.
Em cada uma dessas aplicações experimentais estão incorporados algoritmos de IA que permitem ao utilizador descobrir conexões culturais escondidas nos arquivos.
A Paleta de Arte permite ao utilizador escolher uma paleta de cores, e utilizando uma combinação de algoritmos de visão computacional, é possível combinar obras de arte de instituições culturais de todo o mundo com as tonalidades seleccionadas.
O utilizador também pode tirar uma foto da sua roupa e decoração da sua casa e, com um clique, conhecer mais sobre a história por detrás das obras de arte que combinam com as suas cores.
Nos anos 70, foram tiradas milhões de fotos para a revista LIFE, mas apenas 5% foram publicadas na altura. 4 milhões dessas mesmas fotos estão agora disponíveis para qualquer pessoa poder observar.
A experiência LIFE Tags utiliza o algoritmo de visão computacional da Google para digitalizar, analisar e marcar todas as fotos dos arquivos da revista, desde o vestido A-line ao zeppelin.
Utilizando milhares de etiquetas criadas automaticamente, a ferramenta transforma este registo da história e de cultura recentes num conjunto interactivo de imagens que podem ser exploradas por qualquer pessoa.
O Museu de Arte Moderna em Nova Iorque apresentou a sua primeira exposição em 1929 e desde essa altura que tem vindo a fotografar todas as suas exposições. Apesar das fotos documentarem importantes capítulos da arte moderna, faltavam as suas respectivas informações.
Para identificar a arte nas fotos, teria de existir uma análise árdua por entre mais de 30 mil fotos – uma tarefa que poderia levar meses mesmo para os especialistas.
A ferramenta desenvolvida em colaboração com o MoMA identificou automaticamente as obras de arte – cerca de 27 mil – e ajudou a transformar este repositório de fotos num arquivo interactivo das exposições do MoMA.
Via Google.