A continuação de Destiny, o FPS multiplayer que a Bungie lançou em 2014, acabou de chegar. No primeiro jogo a Terra tinha sido reduzida a uma última cidade protegida pelos guardiões (os jogadores), seres guerreiros que podem morrer e ser ressuscitados através dos poderes do Traveler.
Este era um ser vivo muito antigo e sábio condensado numa esfera gigantesca que vagueava pelo espaço a ajudar as civilizações que vai encontrando pelo caminho que, em última análise, acabava por ser o responsável pela destruição do planeta porque trouxe com ele algumas raças inimigas de outros planetes com o objectivo descobrir os seus segredos sem olha a meios.
Neste episódio, a última cidade é ocupada pelos soldados de um exército chamado Cabal que têm como objectivo a conquista de todo o espaço conhecido. Os guardiões são relegados para uma quinta, no território que antes pertenceu à Alemanha, onde montam uma base de operações para o esforço de reconquista da última cidade do mundo.
Classes com classe
Esta é, em resumo, a história que dá forma a Destiny. Em Destiny e Destiny 2, o jogador pode escolher de entre três classes Hunters, Titans e Warlocks. Cada uma com habilidades específicas que lhe permitem eliminar os inimigos de forma diferentes e que, por outro lado, lhe permitem criar equipas em que os elementos se complementam entre si. Tal como acontece na grande maioria dos jogos Role Playing Game (RPG).
Todas as classes têm um poder de ataque mais poderoso que vai carregando de energia cada vez que um inimigo é eliminado e pode ser usado todo de uma vez quando o jogador necessitar. Tal como acontece também com os RPG, as armas também podem ser aperfeiçoadas à medida que o jogador vai ganhando novas capacidades com a progressão no jogo.
O dinheiro não traz felicidades, mas…
Por falar em armas, a Bungie integrou um sistema de micro-transacções que permitem aos jogadores comprarem objectos de jogo usando dinheiro real que depois é convertido em dinheiro de jogo.
Compreendo que todos temos de ganhar dinheiro, mas neste caso, na minha opinião, isto é feito de uma forma errada porque quem tiver disposto a gastar algum dinheiro terá acesso a armas e armaduras mais potentes, o que distorce a progressão e pode fazer alguma diferença nos confrontos nas arenas PVP.
Gráficos simpáticos
Graficamente, Destiny 2 é competente, mas não é uma obra-prima. Os cenários são muito bem construídos mas têm alguns problemas: o mais importante é a escala. Em certas situações, a altura a que vemos os objectos e o cenário dá a impressão de que este é pequeno demais para a altura da nossa personagem. Isto é particularmente problemático em cenários fechados, como as grutas que se têm de explorar durante algumas missões.
Além das missões que pertencem à história, os jogadores também podem fazer os eventos comunitários que aparecem ciclicamente em certas zonas do mapa. Estes podem ser feitos a solo, mas a ideia é haver um esforço colectivo. Quando um está a decorrer, basta entrar nessa zona e ajudar.
No final, se equipa for bem-sucedida, há loot para todos. Não é necessário combinar nada. Só aparecer e começar a disparar. Depois há os raids para equipas maiores. Estes raids são muito mais difíceis de acabar, mas também são os compensam mais no final com loots cheios de objectos raros.
Ponto final
Destiny 2 é uma versão revista e melhorada de Destiny. A história é muito mais rica. Os desafios comunitários estão mais bem construídos e progressão é mais linear. A possibilidade de gastar dinheiro para obter objectos melhor não é boa ideia. Ainda assim é um jogo que dá gozo. E não é isso mesmo que se quer?
Gráficos: 8
Som: 9
Jogabilidade: 9
Longevidade: 9
Nota final: 9
Editora: Bungie/Activision
Distribuidora: Ecoplay
Contacto: destinygame.com
Plataformas: PS4, Xbox One, Windows
Preço: €69,99