Já com a versão Lollipop do Android, o Wiko Fever 4G é uma das mais recentes propostas da marca a chegar ao mercado, com uma característica cada vez mais incomum: a possibilidade de se retirar a capa traseira (em plástico, a imitar pele), para retirar a bateria.
É também esta a única forma de colocar um ou dois cartões SIM e o microSD, para expandir a memória de 16 GB. A sério que gostava aqui de falar da outra característica que, não sendo nada que influencie o desempenho deste Wiko, é anunciada com grande pompa e circunstância na caixa: este smartphone brilharia no escuro.
E não, não é com luzes de presença ou com o ecrã aceso. A Wiko teria conseguido isto ao ter delineado as formas do Fever com uma fita fotoluminescente; o efeito seria o semelhante àqueles relógios que brilham no escuro, depois de expostos a luz solar ou artificial.
O problema é que nada brilha no Wiko Fever. Pensei que pudesse ser uma característica que teria de ser ligada nas Definições do sistema, mas não encontrei nada; na Internet há algumas reviews, algumas delas em vídeo, mas ninguém mostra o Fever a brilhar no escuro. O que será que se passou com a Wiko?
Com a poeira criada por esta busca já assente, o que fica do Fever são características que estão em linha com um smartphone de 250 euros. Um bom ecrã IPS LCD com 424 ppi (até superior ao valor encontrado no topo de gama Huawei Mate S, já aqui testado), agradável ao toque e bastante fluido na navegação pelos menus e com desempenho satisfatório em jogos mais exigentes (tem uma GPU Mali-T720).
A câmara de 13 MP é mais que suficiente para as fotos de ocasião, especialmente em ambientes bem iluminados. A autonomia de cerca de 9 horas em trabalho intensivo é também um ponto a favor, uma vez que nos indica que a bateria de 2900 mAh vai durar dois dias sem grande esforço.
Fora a peta do brilho no escuro, o Fever é uma escolha acertada para quem procura um terminal de entrada/média gama. O ecrã e o preço são mesmo os seus pontos mais fortes.