Nesta análise, vamos começar pelo fim: a Prime-RX9070XT-O16G é uma das placas gráficas mais interessantes que passaram por cá, nos últimos tempos. Não é exageradamente cara e oferece uma relação desempenho/qualidade de imagem muitíssimo boa, para o que custa. Principalmente se a compararmos com as ofertas da Nvidia. Para esta geração de GPU, a AMD fez um esforço de optimização enorme a todos os níveis: o resultado foi um chip com menos transístores, menos compute units e menos consumo energético, mas que permite um desempenho 30% superior ao da placa de topo da geração anterior – e isto é só do lado do hardware. Do lado do software, também foram feitos muitos avanços, tanto ao nível da optimização do driver, como no que respeita às funcionalidades. Um dos exemplos é a AMD FidelityFX Super Resolution 4, mais conhecida como FSR 4, que agora usa ‘machine learning’ para gerar gráficos de melhor qualidade do que os da geração anterior.
A estrela da companhia
Esta Radeon é uma placa PCIe 5.0 que ocupa dois slots, graças a um sistema de dissipação de calor menos volumoso que os usados nas novas placas da concorrência. As ventoinhas e os heatpipes estão envoltos numa simples peça plástica preta e não têm iluminação LED. Na parte oposta à dos contactos que entram na motherboard, está o habitual interruptor que permite ligar/desligar o overclocking de fábrica (daí, as letras ‘OC’ na designação do modelo da placa).
Esta placa tem ainda a particularidade de usar três conectores de oito pinos para a energia, o que obriga a ter uma fonte de alimentação com, pelo menos, três destas ligações. Aqui, a AMD jogou pelo seguro, garantindo que a placa recebe mais energia sem mudar para uma ligação 12VHPWR, que tantas dores de cabeça tem dado à Nvidia.
Desempenho interessante
Há bastante tempo que não analisávamos uma placa baseada em tecnologia AMD e podemos dizer que ficámos bastante impressionados com o que vimos Mas, primeiro, a imagem: um aspecto que nos surpreendeu foi a saturação das cores. Sem mexer em nada nas definições dos drivers (e sem mudar de monitor), as cores parecem mais vibrantes que as que a nossa placa gráfica habitual consegue gerar (trata-se de uma 3080 TI).
A qualidade do upscaling está ao nível do que de melhor se consegue com a tecnologia actual de inteligência artificial e os detalhes da imagem são excelentes, com bom recorte, além de não termos conseguido detectar quaisquer artefactos.
Em relação ao ruído, em carga máxima, a Asus Prime RX 9070 XT não é das mais barulhentas que já experimentámos, embora se note o ruído das ventoinhas. Quanto ao desempenho, nos testes com os jogos Far Cry 6, Shadow of Tomb Raider e Cyberpunk 2077, a 9070 XT conseguiu desempenhos acima das 100 fps, mesmo neste último, com a resolução a 4K, ray trace médio, FSR e o resto das definições no máximo, o que, para uma placa deste preço, é bastante interessante. Já no mesmo jogo, mas a 1440p com as mesmas definições gráficas, chega às 134 fps.
Entretanto, nos testes sintéticos com o 3DMark, os resultados estão mais em linha com o que é de esperar para uma placa de gama média alta desta geração. Por exemplo, no Fire Strike, a Radeon RX 9070 XT é 11% mais lenta que a GeForce RTX 5080 e 9% mais rápida que uma RTX 4070 Super. A 9070 RX também ficou um pouco atrás da 5080 no teste Time Spy, mas não de forma tão pronunciada.
Distribuidor: Asus
Preço: €830
Benchmarks
- 3DMark Fire Strike: 40006
- 3DMark TimeSpy: 21792
- 3DMark DirectX Ray Trace Feature Test FSR: 143,83 FPS
- Cyberpunk 2077 (4K Ray Trace Médio, FSR): 104 FPS
- Far Cry 6 (1080p Ultra): 102 FPS
- Shadow of the Tomb Raider (1080p, highest): 128 FPS
Ficha Técnica
GPU: Navi 48
Processadores de Stream: 4096
Velocidade de relógio: 2480 MHz (3030 MHz Boost)
Interface: PCIe 5.0
Memória: 16 GB GDDR6
Velocidade da memória: 20 Gbps
Largura de banda da interface de memória: 256 bit
Resolução máxima: 7680 x 4320
Entradas: HDMI 2.1b, 3 x DisplayPort 2.1a