Depois de, no princípio de Fevereiro, ter anunciado os seus resultados financeiros, o Spotify lançou mais um relatório (o anual ‘Loud & Clear’), onde se centra mais nos detalhes dos pagamentos feitos aos artistas.
No últimos meses, a empresa sueca tem estado debaixo de fogo: vários artistas têm-se insurgido sobre a redução no pagamento de royalties – um dos principais nomes a criticar o Spotify foi Björk. A cantora islandesa disse, mesmo, que a plataforma de streaming foi, «provavelmente a pior coisa que aconteceu aos músicos».
Neste contexto, o ‘Loud & Clear’ é por água na fervura. De acordo com os números apresentados, e pela «primeira vez na história da plataforma», qualquer artista que, durante 2024, tenha tido uma «média de um milhão de streams», ganhou «mais de dez mil dólares [nove mil euros] em royalties».
Ainda assim, e segundo um relatório da Duetti, uma plataforma que ajuda os músicos a serem pagos pelo seu trabalho, a Apple Music continua a pagar duas vezes mais aos artistas que o Spotify e, a Amazon Music, quase o triplo.
Aqui, pode ler-se que o Spotify paga 3 dólares por cada mil streams, enquanto a Apple Music chega aos 6,2, a Amazon Music (não está disponível em Portugal) aos 8,8 e o YouTube aos 4,8 dólares (os valores em euros são semelhantes). Contudo, a marca sueca garante que «nenhum serviço de streaming paga por stream», assim como os utilizadores «não pagam por cada música que escutam».
No ‘Loud & Clear’ 2025, o Spotify explica o processo: «Os royalties dos artistas são calculados com base na participação de streams e não num valor fixo. Ou seja, se o catálogo de um artista representar 1% do total de streams na plataforma, esse artista receberá 1% do total de royalties gerados».
Polémicas à parte, o Spotify revelou ainda que «quase 1500 artistas conseguiram gerar mais de um milhão de dólares em royalties», em 2024. O ‘Loud & Clear’ pode ser lido na sua totalidade aqui.