Os jornais belgas Le Soir, Knack, a plataforma Follow The Money e jornalistas do Reporters United estão a avançar com uma notícia que dá conta da detenção de vários lobistas que trabalham para a marca chinesa Huawei.
Segundo estas quatro fontes, as detenções ocorreram na sequência de buscas Bruxelas, na Flandres e na região da Valónia, devido a «suspeitas de terem subornado actuais ou antigos eurodeputados para promoverem a política comercial da empresa na Europa», cita a SIC Notícias.
Os lobistas estarão, neste momento, a serem interrogados sobre casos de ofertas de «presentes e dinheiro» por parte da Huawei a vários eurodeputados, «mais de quinze» referem os meios de comunicação. Esta investigação tem ainda ligações a Portugal: os jornais belgas dizem que as «transferências dos benefícios financeiros» eram feitas por uma empresa nacional, que também foi alvo de buscas esta manhã, confirmou a PJ também à SIC.
Em causa está a «suspeita de crimes como corrupção, falsificação e uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro e organização criminosa». O principal lobista identificado pelas autoridades belgas é Valerio Ottati, director de relações públicas da Huawei na União Europeia.
O Le Soir publica ainda um comunicado do Ministério Público Federal da Bélgica que confirma que esta situação se verificava desde 2021 «sob o pretexto de ‘lobby’ comercial e assumindo várias formas, como remuneração por cargos políticos e presentes caros, como refeições, despesas de viagens e convites assíduos para jogos de futebol».
A PCGuia contactou a Huawei para ter uma reacção a esta notícia e actualizará este artigo assim que a receber.
Actualização: em resposta ao pedido de reacção a esta notícia, a Huawei diz não ter comentários, para já, a fazer sobre este caso.