A competição organizada pela empresa francesa Pasqal, que desenvolve «computadores quânticos com base em tecnologia de neutral atoms» tem uma equipa finalista portuguesa: um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra (FCTUC).
Ana Morgado, Gabriel Falcão, Jorge Lobo, Óscar Ferraz, Sagar Pratapsi e Nuno Batista, de vários departamentos da FCTUC, como o de engenharia informática ou de física, são os representantes nacionais que vão tentar conquistar o júri do The Blaise Pascal Quantum Challenge.
O projecto da FCTUC, que está entre os quinze finalistas, foca-se no «desenvolvimento de novos algoritmos de IA» que «exploram o poder da computação quântica para resolver problemas complexos de imagiologia médica». Esta mesma equipa participa, ainda, num projecto internacional na área da saúde, o G-quAI.
Em concreto, a equipa da Universidade de Coimbra que usar esta tecnologia para fazer o «rastreio e prevenção de doenças do foro gastrointestinal, nomeadamente o cancro».
Curiosamente, na semana passada, o município de Oeiras e a Liga Portuguesa Contra o Cancro anunciaram uma bolsa de cem mil euros para investigação em oncologia com IA, o que vai ao encontro deste projecto.
Neste momento, aproxima-se a fase final desta competição: na próxima Terça-Feira (11 de Março), as quinze equipas vão fazer um pitch perante um júri. Depois de duas semanas de avaliação, o vencedor é anunciado a 26 de Março e ganha um prémio de quinze mil euros. O segundo e terceiro recebem dez e cinco mil euros, respectivamente.
«Este reconhecimento internacional sublinha o papel de destaque que a UC está a assumir na vanguarda da computação quântica aplicada à saúde, mostrando que a investigação portuguesa tem potencial para competir e liderar a nível mundial», conclui Gabriel Falcão, professor da FCTUC e líder do projecto.