Na semana em que acontece a Cimeira de Ação sobre Inteligência Artificial, em Paris, a Associação Para a Gestão de Direitos de Autor, Produtores e Editores Cinematográficos e Audiovisuais (GEDIPE) quer alertar para a «utilização responsável da IA generativa».
Para isso, a GEDIPE anunciou ter assinado um «manifesto que define princípios» para que esta tecnologia seja usada sem prejudicar as várias indústrias destes sectores. Esta foi uma iniciativa da Eurocopya, a «associação que representa os interesses dos produtores audiovisuais na Europa».
Em resumo, este manifesto «exige o respeito por três princípios: transparência, explicabilidade e responsabilidade». Os signatários querem, por exemplo, que os «direitos de autor e direitos conexos sejam respeitados» e que haja uma «transparência efectiva e total para com os titulares de direitos sobre as obras e conteúdos utilizados para treinar modelos de IA».
A Eurocopya quer ainda que as empresas que têm ferramentas de IA «obtenham licenças no âmbito de autorizações devidamente negociadas com os titulares de direitos» e que seja feita uma «remuneração adequada e justa pela utilização de obras e conteúdos protegidos por direitos de propriedade intelectual». No limite, são ainda pedidas «sanções efectivas em caso de incumprimento destes princípios».
Segundo a GEDIPE, não pode haver uma «IA fiável sem respeito pelos direitos de propriedade intelectual», uma «IA ética sem a autorização dos detentores de direitos» ou uma «IA soberana sem um modelo comercial justo».