Pagar para ouvir música tem de ser uma coisa normal: é esta a ideia principal que o Spotify transmitiu esta semana, na sequência de um anúncio sobre o pagamento de 9,6 mil milhões de euros a artistas, em 2024. Desde que a empresa foi fundada, já pagou quase 58 mil milhões de euros.
A plataforma aponta ainda ao que diz ser o futuro ideal: «Actualmente, há mais de quinhentos milhões de utilizadores pagos em todos os serviços de streaming de música. Um mundo com mil milhões de clientes deste tipo é um objectivo realista que devemos definir colectivamente».
Num comunicado assinado por David Kaefer, vice-presidente de music business do Spotify, a empresa lembra que dez mil artistas geram mais de 96 mil euros por ano nesta plataforma: «Isto é lindo», escreve o responsável.
Mesmo assim, com esta espécie de manifesto em defesa dos artistas e da exultação ao pagamento de subscrições para ouvir música, o Spotify tem sido bastante criticado.
Entre os argumentos apontados a esta plataforma está o facto de encher playlists com artistas fictícios e música gerada por IA e de ter as taxas de pagamento aos artistas mais baixas do mercado de streaming.