O PCI Special Interest Group (PCI-SIG), a organização responsável por definir os padrões PCI Express, está quase a concluir a elaboração das especificações técnicas do PCIe 7.0. Se tudo correr como planeado, esta evolução da norma PCI Express será ratificada oficialmente até o final do ano.
O PCI-SIG acaba de publicar a versão preliminar 0.7 das especificações da versão 7 da norma PCI Express, e os membros provavelmente estão a analisar cada detalhe. Houve alterações mínimas desde a versão 0.5 publicada em Abril passado, o que é um sinal positivo de que a tecnologia principal é estável. Assumindo que não surjam grandes problemas, 2025 poderá ser o ano em que o PCIe 7.0 será ratificado oficialmente.
Para contextualizar, estamos em 2025 e os avanços da IA aceleraram a necessidade para um aumento da largura de banda. As tarefas de machine learning estão a tornar-se mais exigentes, o que cria uma necessidade significativa para a comunicação de dados de alta capacidade para ligar processadores, memória e armazenamento. A interligação entre estes componentes foi identificada como um ponto fraco que leva a perdas de velocidade nestes sistemas.
O PCIe 7.0 visa eliminar os “engarrafamentos” na comunicação interna nos sistemas, duplicando mais uma vez a taxa de transferência por cada pista. Enquanto o PCIe 5.0 atingiu o máximo de 4GB/s por pista, com o PCIe 7.0 serão possíveis uns impressionantes 16GB/s por pista.
Se está a questionar-se por que o PCI-SIG já está a discutir o PCIe 7.0 quando o PCIe 5.0 só recentemente se tornou comum nos PC atuais, a resposta está na lacuna – o PCIe 6.0, finalizado em 2022, fica entre os dois. Entretanto, o PCIe 5.0 fez a sua estreia em 2019.
As grandes lacunas entre o lançamento de uma nova especificação PCIe e a disponibilidade real de produtos devem-se aos processos de teste, verificação e integração das plataformas no mundo real, que podem levar vários anos a serem concluídos.
Um dos maiores desafios com estas últimas especificações é o arrefecimento. Larguras de banda maiores e taxas de transferência mais rápidas levaram inevitavelmente ao aumento da geração de calor, levando a soluções que antes eram impensáveis. Por exemplo, a Intel está a trabalhar num novo driver para Linux que permitirá aos utilizadores reduzir selectivamente as velocidades das ligações PCIe quando os níveis térmicos ficam muito elevados.
Tendo em conta estes factores, não é de esperar que os produtos PCIe 7.0 cheguem ao mercado tão cedo. Os dispositivos PCIe 6.0 começaram agora os testes de interoperabilidade, apesar de a norma ter sido finalizada há três anos.