Em 2012, a Intel lançou um novo tipo de PC a que chamou ‘Next Unit Computing’ – NUC. Estes mini PC tinham um formato suficientemente pequeno para serem instalados na parte de trás de um monitor e os primeiros vinham sem memória e armazenamento, mas, posteriormente, começaram a incluir todos os componentes. No ano passado, a Intel vendeu a divisão NUC à Asus e, desde aí, a empresa de Taiwan tem vindo a lançar novos modelos para acompanhar a evolução dos processadores e outros componentes. Como uma parte importante da Asus é a ROG (Republic of Gamers), claro que tinha de ser lançado um NUC sob esta marca dedicada aos videojogos.
Assim, o NUC ROG que passou pela nossa redacção tem aquela estética “gamer”, com acabamento em preto, uma enorme grelha de ventilação na parte inferior com o logo da ROG e um pedestal para o instalar em cima da mesa ao lado do monitor. Devido ao tamanho e ao peso, não é possível instalar o NUC ROG na parte de trás de um monitor ou TV. Mesmo assim, no que respeita às dimensões, é bastante mais pequeno que uma PS5 ou uma Xbox Series X (as dimensões são semelhantes às de uma Series S).
Lá dentro é que a magia acontece
O NUC ROG usa um Intel Ultra I9 185H com, nada mais, nada menos, que dezasseis núcleos (seis de desempenho, oito de eficiência e dois de baixo consumo), que podem chegar aos 5 GHz em modo turbo (núcleos de desempenho), mas que têm uma velocidade base de 2,3 GHz (desempenho), 1,8 GHz (eficiência) e 1 GHz (baixo consumo). Se a estas horas estiver a pensar que é um portátil sem monitor dentro de um chassis desktop, está completamente certo: a configuração é muito semelhante à do ROG Zephyrus, mas tem uma vantagem – o espaço. As dimensões-extra permitem usar um sistema de refrigeração com dimensões mais generosas, o que faz com que o NUC ROG faça menos ruído que o seu “primo” portátil, quando está em carga máxima.
Desempenho mais ou menos igual
Para saber o que é que o ROG NUC é capaz de fazer, recorremos aos mesmos benchmarks que usamos para os PC de jogos com gráficas recentes, em que testamos o desempenho em produtividade, gráficos e jogos com e sem ray trace. O único teste que não usámos foi, naturalmente, o da bateria e… surpresa: os resultados são muito semelhantes aos do Zephyrus. Mas o mais interessante é que o modelo deste portátil que passou por cá tinha uma RTX 4090 e este tem uma 4070. Isto prova que um sistema de arrefecimento maior permite que a GPU e o CPU funcionem a velocidades mais altas durante mais tempo, o que dá alguma vantagem mesmo a hardware um pouco menos potente. Nos testes sintéticos, o Zephyrus foi melhor, mas nos testes com jogos reais, as duas máquinas estiveram praticamente taco a taco:
Distribuidor: Asus
Preço: €2100
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 7453 (8189 Zephyrus)
- 3DMark Fire Strike: 27 115 (30 541 Zephyrus)
- 3D Mark Time Spy: 12 413 (15 635 Zephyrus3D)
- 3D Mark Ray Trace Feature Test: 36,95 FPS (58,58 FPS Zephyrus)
- 3D Mark DLSS: 57,5 FPS (92,7 FPS Zephyrus)
- Far Cry 6 (1080p Ultra): 100 FPS (104 FPS Zephyrus)
- Shadow of The Tomb Raider (1080p Highest): 128 FPS (129 FPS Zephyrus)
- Cyberpunk 2077 (1440p ray trace médio DLSS): 53,4 FPS (59,9 FPS Zephyrus)
Fica Técnica
Processador: Intel Core Ultra 9 185H
Memória: 16 GB (2 x DDR5 5600)
Armazenamento: 1 TB SSD NVMe PCIe 4.0
Placa Gráfica: Nvidia RTX 4070 Laptop (8 GB GDDR6)
Ligações: 4 x USB-A 3.2 Gen 2, 2 x USB-A 2.0, USB-C Thunderbolt 4, HDMI 2.1, 2 x DisplayPort 1.4, RJ-45, leitor de cartões SD, jack de 3,5 mm
Dimensões: 270 x 180 x 60 mm