Esta é a terceira iteração da PS5. A primeira foi a PS5 “slim” que, por dentro, era completamente igual ao modelo original, só que mais leve, mais fina e com a possibilidade de adicionar uma drive óptica, mesmo se se comprasse a versão ‘digital’, sem drive, coisa que não era possível na primeira versão. Agora, chega a Pro que, por fora, é igual à “slim”, mas, por dentro, é um “animal” diferente para melhor.
De fábrica, não é possível comprar uma PS5 Pro com drive óptica, por isso, se quiser usar os seus discos com a nova, consola terá de comprar também a drive, o que acrescenta mais 119 euros aos 800 que a consola já custa. E, se a quiser instalar na vertical, conte com mais trinta euros para suporte oficial da Sony, que também não está incluído. Portanto, se quiser a experiência total (sem um comando-extra e outros acessórios) terá de gastar cerca de 950 euros.
Ao contrário das originais, que tinham uma peça única de plástico de cada lado, as novas PS5 têm uma barra que as divide em duas secções. Além de lhes dar um aspecto mais dinâmico, esta divisão facilita o acesso para instalar um SSD ou a drive de DVD. De resto, as entradas USB e HDMI estão sensivelmente nas mesmas posições que na original. A única coisa que não mudou de aspecto foi comando DualSense que se mantém igual ao de 2020.
Mais potência
Para poder ter a designação ‘Pro’, a consola da Sony recebeu um novo CPU da AMD que, apesar de também usar a arquitectura Zen 2 com oito núcleos, tem agora dezasseis threads e pode chegar aos 3,5 GHz. A GPU também foi melhorada: agora, usa a arquitectura RDNA 3 com sessenta núcleos de processamento e pode chegar aos 16,7 teraflops, o que corresponde a mais 62% de desempenho que na PS5 original.
A memória RAM continua a ser GDDR6 e a ter 16 GB de capacidade, mas a Sony acrescentou mais 2 GB de DDR5 para o processamento, o que liberta mais memória para os gráficos. Para acabar em grande, a Sony também aumentou a capacidade do SSD de 1 para 2 TB e, se precisar de mais, pode ainda instalar um SSD M.2 como na versão original. Outras novidades incluem a compatibilidade com WiFi 7 e a substituição de uma das entradas USB-A por uma USB-C, embora continue a usar a norma USB 2.0. Como podemos ver, há, aqui, um salto muito significativo no que respeita ao desempenho geral da consola original para a Pro – mas será que se traduz num aumento de qualidade de imagem semelhante?
Isto não é nada sem software
Além das melhorias no hardware, a Sony também fez alguns ajustes ao software, sendo a mais importante a nova tecnologia de upscaling de imagem com IA’, a PlayStation Spectral Super Resolution’. Simplificando, esta funcionalidade permite que a GPU “desenhe” cada frame numa resolução mais baixa para melhorar a velocidade sendo, depois, usada para passar a imagem à resolução total do ecrã que estiver a ser usado. A melhoria da imagem nos jogos é que varia bastante: em Last of Us dá para perceber as ervas individuais nos campos em vez de tudo ser uma mancha verde. Em Demon’s Souls, Spider Man 2 e Ratchet & Clank: Rift Apart, a qualidade da imagem também se nota bastante, mas em Final Fantasy VII Rebirth notámos que os movimentos ficam mais suaves, mas a imagem é mais ou menos a mesma.
Mas, na minha opinião, só se vai poder usar todo o potencial desta nova consola quando os jogos forem concebidos para tirarem partido de todas as vantagens que oferece.
Distribuidor: Sony
Preço: €799