Todos os anos, levamos com a “missa” da Apple que nos diz que ‘este’ é que é o seu melhor, mais capaz, mais poderoso, mais resistente, mais tudo – e não é mentira, pior era se não fosse assim. Imaginem um iPhone 16 com características piores que o 14… é impensável que isto alguma vez venha a acontecer – mas, uma coisa é ser o melhor, outra é ser o mais marcante.
A verdade é que a Apple não consegue aquele efeito ‘tchan’ desde que lançou o iPhone X e, talvez, o iPhone 11, o que aconteceu em anos seguidos. A Apple não é propriamente conhecida por inovar de ano para ano, pelo menos tendo em conta os mais recentes lançamentos, e fica a sensação (e, porque não, a certeza) de que a marca da maçã precisa de uma mudança que encha realmente os olhos, como aconteceu do iPhone 3 para o 4 ou do 8 para o 11. É verdade que, hoje em dia, é muito mais complicado criar algo que faça o corte com o aspecto vigente dos smartphones, a não ser os módulos das câmaras – aliás, foi precisamente isso que a Apple fez com os modelos de entrada. Já os topos de gama mantiveram as câmaras triplas na disposição triangular, sob um quadrado, que já existe desde o 11 Pro Max
Vídeo sobe de nível, foto nem por isso
E já que falamos em câmaras, aqui está uma das principais mudanças em relação ao iPhone de 2023: agora, temos duas de 48 MP (grande angular e ultra grande angular) e apenas uma de 12, quando no iPhone 15 acontecia o inverso – apenas a grande angular tinha 48 MP. O problema é que isto não se nota muito na qualidade das fotografias relativamente ao que conseguíamos com o anterior modelo; ainda assim, é garantido que, com o 16 Pro Max, temos resultados de excepção, inclusive com pouca luz.
Já no vídeo, sim, temos realmente um upgrade: agora, é possível gravar vídeos 4K a 100 ou 120 fps, algo que não era possível há um ano. De resto, mantêm-se o ProRes e o Dolby Vision HDR (até 60 fps), características que ficarão muito reservadas para os profissionais de imagem, já que o utilizador comum pouco ou nada liga a este tipo de funcionalidades mais avançadas – sobretudo, quando os resultados são para partilhar nas redes sociais.
Intuitivo, mas (muito) pouco
À boleia das câmaras vem a verdadeira grande mudança no iPhone: a Apple estreou este ano um novo botão (a que não chama ‘botão’) chamado ‘Controlo de câmara’. Localizado na lateral direita, em baixo, este recurso permite usar, como o nome indica, a câmara sem estarmos a tocar no ecrã. Contudo, é nitidamente um botão para usar com o smartphone na horizontal, já que tirar fotos na vertical recorrendo apenas a esta forma de interacção é um pesadelo. Na verdade, usar este botão é pouco intuitivo qualquer que seja o caso, uma vez que a forma de toque que tem de ser usada para escolher modos e navegar entre eles nunca é mais fácil que usar os clássicos controlos no ecrã.
Distribuidor: Apple
Preço: €1379 (Vodafone)
Benchmarks
- AnTuTu: 1 649 299
- 3D Mark Wild Life: 16 891
- GeekBench 6 Single CPU: 3317
- GeekBench 6 Multi CPU: 8364
- GeekBench 6 GPU: 32 839
- PassMark PerformanceTest Mobile: 13 121
- Autonomia: 1206 minutos
Ficha Técnica
Processador: A17 Pro
Memória: 8 GB
Armazenamento: 256 GB
Câmaras: 108 MP (traseiras) + 12 MP (frontal)
Ecrã: LTPO Super Retina XDR OLED, 120 Hz, (2868 x 1320), 460 ppi
Bateria: 4685 mAh
Dimensões: 163 x 77,6 x 8,3 mm
Peso: 227 gr