Ainda nos lembramos dos primeiros portáteis para gaming que começaram a sair a meio da primeira década deste século: tinham gráficas de desktop transformadas e alguns pesavam mais de cinco quilos. A tecnologia evoluiu muito desde esses tempos: agora, há gráficas feitas de propósito para portáteis que gastam uma fracção da energia das edições para desktop, processadores centrais menos “gulosos” e SSD que ocupam menos espaço, mais fiáveis que os mecânicos.
É melhor usá-la apoiada na secretária
Mas, apesar da evolução tecnológica, os PC para jogos mudaram pouco no que respeita ao aspecto e às dimensões – a prova disto é este Omen, um laptop em plástico preto e bastante espesso quando tem a tampa fechada; com cerca de três quilos, ocupa a segunda posição do ranking das máquinas mais pesadas que testámos na PCGuia. E se, ao peso do PC, juntarmos o peso e as dimensões da fonte alimentação, o conjunto não será muito prático de transportar em viagens longas, principalmente se o levarmos numa mochila.
No que respeita ao design, a HP optou por colocar a maior parte das entradas na parte de trás, como acontecia em todos os portáteis até a Apple as ter movido para os lados, de modo a transformar a traseira dos Macbook num grande ventilador. No caso do Omen, a HP reservou um espaço entre as saídas de ar quente e integrou aí as entradas HDMI, USB-C, USB-A e a de energia; dos lados, estão apenas uma terceira USB-A e a RJ-45.
Ecrã grande, pouca resolução
Com um ecrã de dezassete polegadas, como o nome nome deixa adivinhar, este computador é apenas 1080p, com uma taxa de actualização máxima de 144 Hz e VRR, o que altera a velocidade de actualização do ecrã consoante o que o utilizador estiver a fazer, num dado momento. Isto acaba por beneficiar o desempenho da RTX 4060, pois necessita de processar menos pixéis que num ecrã 3 ou 4K – a imagem é brilhante qb.
O teclado é muito confortável, firme e não muito ruidoso, com teclas numéricas à direita: no contexto dos PC para jogos, isto é importante, porque há títulos que vão muito para lá do simples esquema de controlo ‘WASD+Rato’. Uma das coisas de que não gostámos foi do trackpad: é pouco preciso e, frequentemente, não registou os toques.
Desempenho na média
Não podemos dizer que esta máquina é lenta, uma vez que conseguimos médias de 126 fps em Shadow of The Tomb Raider; 106, em Far Cry 6; e 31, em Cyberpunk 2077 (ray trace médio e DLSS em qualidade média). Nos testes sintéticos (PCMark e 3D Mark) portou-se ligeiramente pior, mas ainda assim dentro da média para uma máquina com uma CPU Ryzen 9 e uma RTX 4060. O único teste em que se saiu menos bem foi da bateria.
Distribuidor: HP
Preço: €1899
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 8117
- PCMark Bateria (Modern Office): 244 minutos
- 3Dmark Fire Strike: 24 933
- 3Dmark Time Spy: 10 152
- 3Dmark Raytrace Feature Test: 25,97 fps
- 3D Mark DLSS Test: 58,59 fps
- Far Cry 6 (1080p Ultra): 103 fps
- Shadow of The Tomb Raider (1080p Highest DX 12): 126 fps
- Cyberpunk 2077 (1080p Ray Trace Medium, DLSS Médio): 31 fps
Ficha Técnica
Processador: AMD Ryzen 9 8945HS
Memória: 32 GB DDR5-5600 MHz
Armazenamento: 1 TB PCIe NVMe M.2 SSD
Placa Gráfica: Nvidia GeForce RTX 4060
Ecrã: 17,3 polegadas, (1920 x 1080) a 48 – 144 Hz
Ligações: USB Type-C, 3 x USB-A, HDMI 2.1, jack 3,5 mm, RJ-45, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3
Dimensões: 397,5 x 277,9 x 30 mm
Peso: 2,95 kg